Jáder X Almir: Afinal o que foi?

O jornalista João Salame, em sua Coluna Coisas da Política (leia aqui), publicada no maior jornal sulparaense, o trissemanário Opinião. Retomou um dos maiores, senão o maior, mistério das razões que teriam motivado o racha entre o ex-governador Almir Gabriel e o deputado federal Jáder Barbalho, ex-governador por duas vezes do Pará.
De acordo com fonte da Coluna, o racha remonta ao período imediatamente após as eleições de 2004 a ruptura entre o PMDB liderado pelo deputado federal Jader Barbalho e a União pelo Pará, comandada pelo governador Simão Jatene. Até então havia uma convivência com relativa harmonia.
Segundo esta mesma fonte, tão logo saíram os resultados das eleições que escolheram os novos prefeitos do Estado, Jader procurou o governador e lhe fez três pedidos: que ele (Jader) fosse ungido candidato ao Senado pela União pelo Pará em 2006, que sua ex-esposa Elcione Barbalho fosse nomeada para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e que o governo destinasse gorda fatia da sua verba publicitária para os veículos de comunicação de propriedade do líder peemedebista.
A fonte consultada relatou como o governador achou as solicitações exageradas e decidiu não atendê-las. Desde então, Jader Barbalho optou por descarregar sua pesada artilharia contra a administração que antes defendia. A crítica hoje formulada pelos veículos de comunicação de Barbalho, sobre supostos gastos elevados do governo com propaganda, não reflete uma postura de princípios contra esse tipo de gasto, e sim a intenção anterior contrariada nesse mesmo seguimento.
O titular deste Blog ouviu outra fonte que não pediu reserva. Manoel Ribeiro, diretor de Tecnologia da Eletronorte e à época ex-Chefe de Gabinete do governador Jáder Barbalho.
Segundo seu relato, a "rusga" teria acontecido antes do Dr. Almir assumir seu primeiro governo, quando ainda era senador.
O fato teria ocorrido, quando Jáder, havia decidido, mesmo contra a maioria do PMDB paraense apoiar Almir e abandonar o candidato escolhido pelo partido ao governo. No período que separa uma coisa da outra, Almir foi derrotado na chapa em que era o candidato à vice-presidência da República, encabeçada pelo falecido ex-governador de São Paulo Mário Covas.
Numa certa tarde, Almir, após uma conversa com Jáder e sem dizer nada à ninguém, pegou um avião para Brasília e nunca mais quis conversa com o então aliado.
Ribeiro garante que Jáder até hoje não sabe o motivo. Será?
O executivo da Eletronorte é um dos mais fiéis colaboradores do ex-governador Jáder Barbalho. Foi indicado ao cargo pelo padrinho.
Manoel Ribeiro concluiu seu relato garantido que o Dr. Almir fala normalmente com todos do PMDB daquela época, só não com Jáder.
O poster especula que deve ir muito além dos prováveis interesses colocados à mesa por Jáder que motivou o inquebrantável ressentimento de Almir.
Pelo sim, pelo não, persiste um dos maiores mistérios recentes da política paraense.
O silêncio ainda conspira à ambos os lados. Até quando?

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