Petrobrás divulga nota sobre declarações de Evo Morales

Nota à Imprensa
11 de maio de 2006
Petrobras repudia declarações do governo da Bolívia

Em negociações ocorridas no dia de ontem em La Paz, na presença dos
ministros de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, e de
Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz-Rada, a Petrobras e YPFB
acordaram que, para que seja possível cumprir com o disposto no Decreto
Supremo (DS) 27801 é necessário que sejam respeitadas as normas
aplicáveis e que sejam feitos esclarecimentos sobre condições contratuais
e operacionais.
Acordaram também que possíveis perdas decorrentes da nacionalização
de ativos da Petrobras na Bolívia serão objeto de compensação a ser
negociada. Quaisquer propostas de revisão de preço do gás adquirido pela
Petrobras da YPFB serão tratadas através dos mecanismos estabelecidos no
contrato de compra e venda de gás natural (GSA – Gas Supply Agreement).
A Petrobras sente-se surpreendida pelas recentes notícias que
relatam acusações de ilegalidade na sua atuação na Bolívia, veiculadas
imediatamente após a emissão de nota conjunta que detalhava os pontos
acordados ontem à noite em La Paz. Em vista disso, a Companhia vem a
público esclarecer que:
§ sempre atuou estritamente dentro da lei, na Bolívia assim como em
todos os países onde opera ou operou.
§ Sua presença na Bolívia é decorrente de acordos bilaterais entre os
governos do Brasil e daquele país. Esses acordos possibilitaram a
construção do gasoduto Bolívia-Brasil, a assinatura do GSA e a exploração
de gás nas áreas de San Alberto e San Antonio, em parceria entre
Petrobras e YPFB. Essa parceria foi desfeita pela privatização da
parcela da YPFB naquela sociedade.
§ Em função desses acordos, a Petrobras financiou e construiu o trecho
boliviano do gasoduto Bolívia-Brasil, realizou investimentos em
exploração (inicialmente em sociedade com a YPFB) e em produção em San
Alberto e San Antonio. Como resultado dessas operações, a Companhia
compra gás boliviano desde 1999, gera empregos e paga impostos na
Bolívia, sendo responsável por 25% da receita tributária daquele país.
§ A assinatura e o cumprimento dos contratos respeitaram o arcabouço
legal vigente na Bolívia, cabendo às instâncias legais e arbitrais
competentes, e não ao Poder Executivo, os eventuais juízos, que
porventura sejam necessários, sobre a legalidade de contratos que vêm
sendo cumpridos há mais de uma década.
Em vista disso, a Petrobras manifesta sua indignação diante de
acusações de que a Companhia possa ter, em qualquer momento, operado
deliberadamente à margem da lei, seja na Bolívia ou em qualquer país onde
atue.

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