Polícia apreende com MLST fita com instrução de guerrilha

Ag. Câmara
O comandante do Policiamento Regional do Distrito Federal, coronel Antônio Serra, informou que foi apreendida ontem, durante revista dos integrantes do Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST), uma fita de vídeo com instruções de guerrilha. De acordo com o comandante, seis líderes do movimento aparecem dando orientações sobre como invadir e depredar prédios públicos.
O coronel disse que a Polícia também descobriu que os integrantes do MLST se reuniram no Parque da Cidade, antes da invasão, para ensaiar o ato. "Foi uma ação premeditada", disse. Para ele, essa circunstância agrava as penas que eventualmente serão impostas aos invasores em caso de condenação.
Ação planejada - A TV Câmara disponibilizou hoje a íntegra da fita de vídeo de uma hora e 20 minutos de duração em que os líderes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) planejam a invasão da Câmara. O sinal foi disponibilizado pela Embratel. A emissora vai exibir trechos editados da fita ao longo da sua programação.
A fita de vídeo, em formato mini-DV, foi apreendida com os próprios manifestantes após a invasão da Casa. Eles registraram, entre outras cenas, a reunião em que foi planejada a ação. Um dos líderes, identificado como Antonio José Arruti Baqueiro, orienta cerca de 60 pessoas, reunidas no auditório da Contag, em Brasília.
Na reunião, a invasão da Câmara é tratada como "a festa", e o Salão Verde, que foi ocupado pelos manifestantes, como "salão de festas". A fita mostra que a ação foi cuidadosamente planejada. O primeiro ônibus com membros do MLST chegou a Brasília no sábado (3), proveniente do Rio Grande do Norte. Desde segunda-feira, integrantes do movimento visitaram a Câmara, em grupos de cinco pessoas, disfarçados de turistas, para fazer o reconhecimento do local – imagens que também foram gravadas.
Visitas à Câmara - Arruti, um dos planejadores, compareceu à Câmara 11 vezes desde 24 de maio, segundo dados fornecidos pelo Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara. O planejamento incluiu um artifício, que foi usado como senha para a invasão. Na manhã de terça-feira (6), manifestantes começaram a entrar na Câmara em pequenos grupos, de modo a não serem identificados pela segurança interna. Na gravação, fica claro que a senha para o ataque seria uma confusão provocada por duas mulheres na portaria de entrada.Segundo testemunhas, uma mulher começou a gritar e agredir um dos seguranças da Câmara, cena que precedeu a invasão.
A fita foi apreendida pela polícia e faz parte do inquérito policial.

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