Só tem na UFPA

Acabei de reencontrar uma colega de classe no Orkut. Estudamos juntos no Convênio da sala CE-A do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, lá nos idos de 1982, em Belém do Pará.
Ela relatou-me uma impressão que ainda não tinha parado para refletir: que pouca gente gosta de Brasília (DF). Não ousaria duvidar de seu comentário, feito com a propriedade arrazoada de quem já residiu na Capital Federal logo após obter seu diploma de Arquiteta em Belém.
Registro em conta especial o fato de minha colega arquiteta, que atualmente doa esforços e dedicação ao Teatro da Paz, para contar aos leitores uma outra história. De idas e vindas.
Por motivos óbvios, Brasília concentra o maior número de jornalistas da América Latina. Eles estão em todos os lugares, todo o tempo, o tempo todo pelos motivos os mais diversos.
Numa noite marcada pela coincidência, fui apresentado a uma jovem e alegre jornalista que naquela mesma noite estava confraternizando com alguns amigos, seu aniversário, num desses charmosos bares-restaurantes que proliferam no Plano Piloto.
Seu nome: Tais Morais.
Trabalhando num dos Ministérios do Poder Executivo, não fazia tempo que Tais havia lançado seu primeiro livro em parceria com outro colega, também jornalista. Livro este, de estrondoso sucesso de vendagens e que logrou resenhas em renomados veículos de comunicação do Brasil e do exterior.
A comunicativa jornalista e novíssima conhecida, estava a movimentar-se em busca de realizar um outro projeto pessoal: a publicação de um segundo livro que continuaria de maneira mais aprofundada o tema de sua estréia no mercado literário.
Seu sonho era cursar uma especialização em História da Amazônia. Leia o título deste post.
Como teria que abrir mão de seu posto no ministério, eis que Tais preguntou-me se não conhecia um jornal em Belém em que pudesse candidatar-se a uma entrevista em busca de um novo emprego que viabilizasse o custeio de seus estudos pelo tempo necessário da empreitada intelectual e proporcionar, ao mesmo tempo a segurança necessária para prover o seu pequeno filhinho. Uma garantia extra ou salvadora, explicou-me, caso as vendagens do livro recem publicado não vingasse nas livrarias.
Disse que contataria uma pessoa. Não prometí nada fora de meu limitado alcance à aniversariante e, mudamos a prosa para assuntos mais condizentes ao encontro em sua homenagem.
Neste mesmo momento, a nova amizade afasta-se para dar atenção a outro dos convidados, e surge apropriadamente, como em qualquer cidade de primeiro mundo, um vendedor de lindos arranjos de flores. Mais que depressa, porém, com a necessária discrição cheguei a um termo razoável de preço e pude presentear a aniversariante com uma linda e delicada rosa vermelha.
Os fatos acima descritos, deram-se num dia de semana e não permaneci na comemoração até tarde.
No outro dia, liguei para o jornalista Jader Filho, presidente do jornal Diário do Pará.
O executivo, como é de sua personalidade, atendeu-me e não obsteve qualquer empecilho para que a pretendente à entrevista fosse ouvida por um funcionário da empresa encarregado da tarefa.
Tais Morais é jornalista e pesquisadora, autora do Best-Seller Operação Araguia - Os Arquivos Secretos da Guerrilha, escrito em parceria com Eumano Silva, jornalista e editor do Jornal Correio Braziliense.
São idas e vindas de todos, essa e outras histórias.
Tenho certeza que cada um de nós tem uma história para contar de suas idas e vindas.
Envie para o blog que as publicarei com o maior prazer.

Comentários

Anônimo disse…
Que bom que vc conheceu a Taís. Ela é minha amiga e pessoa das mais legais. Ela passou um tempinho em santa catarina mas está voltando esses dias para Brasília. E ainda não desistiu de vir morar na Amazônia.
Ela é um amor.A especialização que deseja só tem na UFPA.
Taís me disse ainda que seria muito conveniente estar em Belém devido a proximidade das cidades-chave onde ocorreram os episódios da Guerrilha.
Ela tem muitos contatos por lá e gostaria de aprofundar as entrevistas com vistas a publicação de uma segundo livro sobre o tema.
Querida Alcilene. Se falares com ela. Peça que me ligue. Perdí o número do celular dela.
Abraços.

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