Envelhecendo



















Afinal isso aqui é um blog.
No último 3 de setembro completei mais um ano de vida.
Resolvi, na data, analisar-me frente ao espelho. Confesso que tal proposta passou das 16h00.
Notei, ao levantar que há anos não me olhava no espelho; ao contrário, o espelho é que me olhava e nada falava; afora, nas ocasiões em que ele balançava com a velocidade de uma Ferrari, trás a cabeça, findo o corte da juba.
Nunca tinha reparado que, agora, os pelos do peito, inexoráveis como alerta, aviso do destinatário do tempo - sentaram praça à moda de ave que chega.
Ao olhar, notei que tornam-se brancos ao piscar da vista e bravamente não passam de minoria à atenção ao que resta negro.
-Os dentes! Melhor nem falar. Tornam-se um problema de orçamento.
-A visão, surrupiou-me um dinheirão. Agora são dois óculos.
Aos 41 anos de idade, mal feitos de implicância, penso: E agora Val?
O próprio Val responde:
-Livre-se dos dentistas, dos oculistas, do barbeiro; pegue sua mulher e os seus e busque a felicidade!
É o que farei.

Comentários

Parabéns, amigão! Se você não fala nada, não iria saber nunca. Quase empatamos. Parece até que foi mês passado que conheci aquele Val, lá no Colégio Nazaré, sem os óculos. E "aquele" magrelo bom de papo acabou se tornando jornalista. Quem diria? Que orgulho da mamãe, ein?
Também estou gastando uma graninha para regular os faróis. Não me acostumo, de jeito nenhum, com o tal do multifocal. Parece até coisa de velho (rssss...). Prefiro dois fundos de garrafas de Velho Barreiro. E olha que depois de tudo acabei morrendo num daqueles que vendem em drogarias, baratinho, baratinho. Pode?
A dentadura, não esquenta! Mande arrancar tudo e põe um copo no criado-mudo. Acaba com o bruxismo de vez. Mas peraí! Comigo ainda não! É só uma sugestão. Fiz uma lanternagem legal. Tudo zero bala. Por pouco não fico que nem estrada de olaria: só caco.
É isso aí, amigo!
Muita saúde, paz e amor na sua família, sempre junto à sua esposa, que presumo ser a da foto.
É o que sinceramente lhe deseja seu amigo aqui.
Felicidades
Um abração
Não admitimos que estamos ficando velhos.
Em nossa cultura, lamentavelmente, o velho é sinônimo de estorvo, aumento de mensalidade do Plano de Saúde e problema para o fechamento das contas da Previdência Social.
Muitos terão que trabalhar toda a vida para garantir pelo menos uma refeição ao dia.
A bagagem de experiência e sabedoria de vida não vale nada no mercado que nào lhe reserva vagas.
Envelhecer no Brasil é condenação meu amigo.
A belezura da fota é minha esposa, Lúcia Helena Pinheiro, e envelhecemos junstos há sete anos, até que a morte nos separe.
Amém.
Um ótimo domingo para você e para a família

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