Lula teria desistido de debate; assessores culpam oposição por eventual mudança de plano

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria desistido de participar do debate entre candidatos à Presidência que será promovido hoje à noite pela TV Globo. A informação partiu de assessores do Palácio do Planalto, que pediram para não ser identificados.

Segundo eles, o presidente estava motivado a participar do debate, mas se irritou hoje com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), que se reuniu hoje com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Tasso saiu do encontro dizendo que a PF estaria escondendo informações sobre a origem do dinheiro que compraria o dossiê contra tucanos já que ainda não tinha pedido informações ao BC. O dossiê seria comprado por integrantes do PT.

Para os assessores do Palácio, a oposição quis criar um "factóide" e provocar a PF com a acusação sobre os dólares. O diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, chegou a dizer que buscar informações no BC neste momento era irrelevante e que as críticas eram "eleitoreiras". Lacerda afirmou que a PF já tem todas as informações necessárias para rastrear o dinheiro que seria supostamente usado na compra do dossiê.

Ao deixar o Palácio, Lula manteve o mistério sobre a participação no debate. Ele estava acompanhado do ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral), do porta-voz, André Singer, e do chefe de gabinete, Gilberto Carvalho.

Em São Bernardo, Lula é esperado no comício que foi agendado para hoje à noite. Segundo os coordenadores do evento, a campanha de Lula havia informado que o presidente participaria do comício.

O portal G1, da Rede Globo, acaba de anunciar que Lula mandou avisar à direção da emissora que não comparecerá ao debate desta noite.

Papelão, covardia e desrespeito ao eleitor.
Oxalá como conseqüência da desculpa esfarrapada apresentada por seus assessores, Lula perca mais 5% do eleitorado e enfrente o expugo do segundo turno.

Comentários

Val-André,

Mesmo com toda capacidade técnica e competência a PF, está literalmente com a bomba na mão, ou seja com a responsabilidade de informar a população que não há perigo, que todos podem ir votar tranqüilos que ao apertar a tecla confirme não estaremos acionando o restante do explosivo, portanto, sem perigo de que todos caiam numa armadilha, hoje silenciada e amanhã estardalhante reeleição dos fabricantes deste artefato chamado “Dossiê Fajuto”. Constituída pelos melhores servidores e mais capacitados funcionários de carreira do País, não é justo que a obrigação de silêncio, que não é estatutária, jogue na lama o nome da nossa melhor polícia, a Federal, ao pactuar com interesses contrários aos princípios da democracia republicana. Abs Jarbas
Tomara, caro Val. Tomara.

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