Stálin, Hitler, Mussolini , Amin Dadá, Ceausescu...Alckmin!!

"Camisa Negra", "ditador", "facista", "numerário do Opus Dei". Agora Alckimin é tudo isso.
Em duas matérias. A primeira de Tânia Monteiro e Leonencio Nossa para O Estado de S. Paulo. A segunda, de Gustavo Krieger Correio Braziliense, o fuzilamento moral do candidato tucano é evidente. Leiam:

Ministro Tarso Genro rebate Alckmin comparando-o ao ditador chileno e aos militantes da Opus Dei

Tânia Monteiro e Leonencio Nossa para O Estado de S. Paulo

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, reagiu de maneira dura às declarações de ontem do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, de que, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva for reeleito, seu novo mandato vai acabar antes mesmo de começar. "Esta ameaça - dizer que um governo não vai começar, um governo que será eleito democraticamente pela população - revela mais um lado Opus Dei do que um lado republicano do candidato", disse Tarso.

Alckmin sempre negou vínculos com a Opus Dei, a organização católica ultraconservadora descrita muitas vezes como fascista. A Opus Dei foi criada em 1928 pelo espanhol Josemaría Escrivá e é uma prelazia da Igreja Católica. Morto em 1975, Escrivá foi canonizado em 2002 pelo papa João Paulo II. Com forte influência no Vaticano, a entidade desperta curiosidade e causa polêmica. Os membros da Opus Dei travaram recentemente uma guerra contra o best-seller de ficção O Código da Vinci, que os retrata como fanáticos e assassinos.

Na entrevista, concedida no Palácio do Planalto logo depois da solenidade de lançamento da Política Nacional de Saúde do Idoso, Tarso ainda comparou o candidato do PSDB ao general Augusto Pinochet, que liderou o golpe contra Salvador Allende em 1973 e durante 17 anos comandou uma ditadura no Chile. "Agora, Alckmin está demonstrando um lado que é mais perigoso, que é o lado Pinochet", afirmou o ministro.

De manhã, antes da divulgação das declarações de Alckmin, Tarso dera à rádio CBN uma entrevista em tom bem mais ameno. Na ocasião, declarou que, apesar do clima de confronto da reta final do segundo turno, o País não sairá dividido. Acenou ainda com a abertura de diálogo com a oposição, caso Lula seja reeleito.

REFORMAS - "O que nós temos em todas as posições políticas no Brasil são pessoas comprometidas com a democracia. Mesmo as pessoas de centro-direita, de centro-esquerda, da direita democrática", afirmou Tarso na entrevista. "Acho que logo após a eleição, seja quem for o presidente da República, esse presidente vai ter que chamar todas as pessoas de bem e todas as pessoas que pensam no País e discutir dois temas fundamentais: a reforma política e a reforma do processo orçamentário."

Mesmo ao falar da iniciativa dos chefes dos partidos de oposição de pressionar a Justiça e a Polícia Federal, cobrando mais rapidez nas investigações sobre o escândalo do dossiê Vedoin - iniciativa que vem sendo apontada pelos petistas como golpismo -, Tarso fez uma ressalva. "Essa movimentação da oposição tenta criar um fato político para ser aproveitado posteriormente, para deslegitimar a vitória. Então é golpismo político sim", argumentou o ministro. "É uma postura que tenta preparar uma instabilidade, para aproveitá-la depois. Acho que isso aí não é a postura de toda a oposição.

Nervosismo toma conta do governo

Gustavo Krieger, Correio Braziliense

Palácio teme escândalo na Reta final da campanha

Apesar da vantagem de vinte pontos percentuais aberta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última pesquisa do Datafolha, o clima no governo é de nervosismo e expectativa. O temor é que surja nos próximos dias uma nova denúncia, capaz de alterar o rumo da campanha eleitoral, a exemplo do que aconteceu no primeiro turno com a prisão de petistas envolvidos na compra de um dossiê contra políticos tucanos. Para aumentar a tensão, ontem foi um dia de fortes boatos. Especulações no Congresso, no mercado financeiro e até nos gabinetes do governo atribuíam a jornais ou revistas revelações exclusivas sobre a origem do dinheiro apreendido com os petistas envolvidos no caso do dossiê. Outros previam a explosão de um novo escândalo. “O pior é que não sabemos quantas bombas-relógio podem estar plantadas por aí”, diz um dos ministros.

Logo no início do dia, Lula deu o tom da preocupação, ao comentar os resultados do Datafolha em uma reunião com os ministros políticos. “Se vier alguma pancada, vai ser agora”, disse em referência à oposição. “Com uma diferença dessas eles não podem esperar mais”. O presidente guarda uma lembrança amarga da reta final do primeiro turno, quando o escândalo do dossiê abalou sua popularidade e lhe tirou a chance de vencer a disputa sem necessidade da segunda votação.

O governo tem uma lista de “fios desencapados”, assuntos que podem causar estremecimento na campanha. O dinheiro do dossiê está em primeiro lugar. Reservadamente, no Palácio do Planalto, todos reconhecem que a revelação da origem do dinheiro será constrangedora. As investigações já mostraram que ele passou por doleiros e bicheiros, companhia nada recomendável em tempo de campanha. Para a candidatura de Lula, o melhor seria que a resposta só aparecesse depois do segundo turno. Mas o pior seria que a resposta aparecesse em alguma reportagem. Por isso, nos últimos dias aumentou a pressão para a que a Polícia Federal avance no caso. É uma estratégia para minimizar danos. Se a revelação tiver que acontecer, que venha de um órgão do governo.

Mesmo que o caso não tenha sido esclarecido, na próxima semana, a PF terá de fazer um relatório parcial. O governo sabe que o relatório deve apontar suspeitas de que o dinheiro veio do PT. A preocupação é que ele não aponte diretamente para o caixa da campanha de Lula. Nesse caso, a oposição teria argumentos para pedir a cassação do registro de Lula. No controle de danos, a idéia é limitar a responsabilidade ao presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, que chefiava os petistas envolvidos na compra do dossiê. O Palácio tem cercado Berzoini para tentar convencê-lo a aceitar o sacrifício, se isso for necessário.

Freud - A outra preocupação é com Freud Godoy, ex-segurança e ex-assessor especial de Lula. Ele foi apontado como mandante da compra do dossiê por Gedimar Passos, preso com o dinheiro. Depois, Passos voltou atrás. Mas aí Freud já tinha entrado no foco da imprensa e da oposição. A quebra de seu sigilo bancário revelou uma operação em dinheiro de R$ 150 mil, pouco compatível com seu salário no governo. A oposição decidiu escarafunchar as contas de Freud, na esperança de provar que ele recebeu dinheiro ilícito. A suspeita da oposição é que Freud pagasse despesas da família de Lula. Para o Planalto, o pesadelo é ver a investigação sobre um dos amigos e colaboradores mais próximos do presidente. Qualquer descoberta respingaria em Lula.

MST: Trégua até as urnas - A trégua dada pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) nas invasões termina no dia 29, às 5 horas da tarde, quando se encerra a votação para o segundo turno das eleições, disse ontem o líder José Rainha Júnior. “Vamos sair das trincheiras e retomar as mobilizações.” Segundo ele, o MST reduziu o ritmo das invasões em todo o País por causa da campanha eleitoral. “Estamos na rua agora, mas é para eleger o Lula.” Rainha declarou ainda que esse é o seu compromisso como líder dos sem-terra.

“Depois da votação, voltamos a pensar na mobilização”, anunciou Rainha. De janeiro a março deste ano, o MST fez 99 invasões nos 21 Estados em que atua — no ano passado tinham sido 63 no mesmo período. Em abril, houve outras 35 invasões, totalizando 134 em quatro meses, mas em seguida, com o início do período eleitoral, o movimento desacelerou. Nos quatro meses seguintes, foram apenas 46 ações.

O número se manteve baixo em setembro — foram apenas quatro invasões —, e neste mês. Até hoje, tinha sido registrada apenas a ocupação da sede do Incra em Belo Horizonte e de uma fazenda em Roraima. Segundo Rainha, um provável segundo mandato será “uma grande oportunidade para que o presidente resgate seus compromissos” com a reforma agrária.

“O governo federal deu mostras de que quer resolver o problema dos sem-terra, ao contrário do que ocorreu em alguns Estados.” Ele disse que há uma expectativa do movimento em relação ao governador eleito de São Paulo, José Serra, do PSDB. “Durante a gestão do Alckmin (ex-governador Geraldo Alckmin), a questão fundiária foi tratada como questão policial e não política. Muitos líderes foram parar na cadeia. Esperamos que seja diferente com o Serra.” Ele disse que o movimento estará aberto ao diálogo, mas não vai abrir mão das invasões, que ele considera um instrumento de luta.

“O Estado tem dinheiro em caixa para adquirir terras e, se não for usado até o fim do ano, terá de ser devolvido ao governo federal.” Segundo o líder do MST, o movimento não pretende deixar que isso aconteça. “Vamos para dentro de todas as terras devolutas que tiverem por aí.

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