Tem que pagar

Comissão debaterá criação de fundo para preservar Amazônia

Jornal da Câmara

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional realizará audiência pública para discutir a implantação de um Fundo Internacional da Amazônia. A idéia é que o fundo seja formado com dinheiro arrecadado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos países ricos e gerido pelo governo brasileiro, que seria o responsável por implementar projetos de proteção ambiental na região.
A audiência ainda não tem data marcada. O requerimento que pediu a realização desse debate foi apresentado pelo deputado Carlos Souza (PP-AM) e aprovado na semana passada. O parlamentar explicou que a idéia da criação do fundo partiu da leitura de um artigo de uma revista especializada em desenvolvimento sustentável, que considerava que os benefícios com
a preservação da Amazônia extrapolam as fronteiras do País, gerando vantagens em bem-estar em maior amplitude para o mundo que para o Brasil.
Souza também destacou uma pesquisa da University College London que mostra que as famílias européias estariam dispostas a desembolsar de 30 a 50 dólares por ano (cerca de R$ 63 a R$ 105) para preservar a Amazônia. “Tal proposta [a preservação da Amazônia] vem sendo discutida há mais de 20 anos e o impasse permanece porque os países ricos ainda preferem usar o problema ambiental como instrumento de pressão, para enfraquecer posições do governo brasileiro”, afirmou o parlamentar.

Participantes – Serão convidados a participar da audiência pública: a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; o coordenador de Estudos de Regulação do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), Ronaldo Seroa da Mota; o secretário-executivo do Fórum Brasileiro
de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa; o diretor do Programa Nacional de Florestas do
Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo; o coordenador de Ações Estratégicas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Estevão Monteiro de Paula; e representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e das organizações não-governamentais WWF e Greenpeace.

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