Tão bonzinho!

Vítima do confisco quer que Collor devolva dinheiro às contas bancárias dele e da família para depois pedir desculpa pelo que fez. Maioria dos senadores ungiu Collor

Collor se desculpa, mas não comove muitas vítimas "daquelle" plano econômico.

Foto: Antonio Cruz ABr

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), ex-presidente cassado, discursou na tribuna do Senado pela primeira vez. Durante seu pronunciamento, narrou os acontecimentos que precederam ao impeachment. Chorou, agradeceu ao povo de Alagoas. Demonstrou estar mais humilde, e se considerando um senador igual a todos. Mas, contrariamente ao anunciado há aproximadamente dois meses, nada bombástico. Leia mais na Folha On Line. Em uma recaída, no início do seu discurso, comparou-se a Dom Pedro I, Dom Pedro II, além dos presidentes Getúlio Vargas, Jânio Quadros e João Goulart. Impeachment foi farsa e arbítrio, para Collor. Leia aqui no Globo On Line. Collor citou apenas a revista Veja.

Com esforço hercúleo tenta até hoje se separar dos vínculos com Paulo Cesar Faria. O que na prática se sabe é que os laços eram íntimos e suspeitos, no mínimo. Collor não conseguiu emocionar foram as vítimas do plano econômico que levou seu nome. O que difere o governo Collor dos outros subseqëntes é que a relação inóspita com o Congresso provocou a insustentabilidade política de Collor. Ou seja, não utilizou qualquer tipo de "mensalão". Leia aqui na matéria do Estado On Line como repercutiu o discurso "collorido" para aqueles que tiveram surrupiadas as economias no confisco financeiro, esse sim arbitrário, ocorrido no ínicio do governo Collor. Há quem acredite que Collor ainda será candidato à presidência em 2010 ou 2014. Por favor, comente. (Maurício Nogueira)

Comentários

Val, penso que para presidente Collor está sepultado. Alagoas não daria nem para a saída. Mas como em política tudo é possível com um povo desse...

No mais, o que a tropa dele desviou do Estado é esmola perto do que essa turma de vermelhos aloprados está fazendo. O lugar comum: Collor caiu por muito menos. Bastou um cheque de compra de um Fiat Elba. E o petista mercadante arrotava moralidade no Congresso (aliás, todos), lembra-se?

Hoje o governo do Partido da Trapaça já lançou até seu novo programa, PAC, Programa de Aceleração da Corrupção.
E ainda vai eleger seu sucessor.

A misericórdia não me é mais afeita.
Ricardo Rayol disse…
teu texto começa com o que eu diria, se ele quer perdão devolva a grana que tungou. Eu mesmo me dei muito mal no confisco, uma aberração que só o Brasil poderia produzir e não duvido seja imitada no pais vizinho. Os senadores darem seu apoio só demonstra que tipo de gente habita a "casa do povo".

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