Debate reúne pró e contra a divisão do Pará

MARABÁ

Diário do Pará

Carajás e Tapajós em debate

A Câmara Municipal de Marabá (CMM) realiza amanhã o 1º Simpósio Pró-Criação dos Estados de Carajás e Tapajós, no auditório Eduardo Bezerra, da Secretaria Municipal de Saúde), das 8h às 19h. O evento deve reunir quatro senadores da República, 400 vereadores de 64 municípios, 17 deputados estaduais e seis federais, entre outras autoridades. O objetivo é discutir medidas que possibilitem a criação das novas unidades federativas, fazendo governos mais presentes, já que o povo dessas regiões sempre se queixou de abandono por parte do governo do Estado.

O presidente da CMM, Miguel Gomes Filho (Miguelito), (PP), lembra que a luta pelo Estado de Carajás vem desde 1989. “Essa região é responsável hoje por 32% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e não recebe nem 2% disso em forma de investimento por parte do governo do Estado”, afirmou. Segundo ele, a emancipação vai amenizar as desigualdades sociais e atender os habitantes mais distantes da capital, citando como exemplo os moradores de Serra Pelada, município de Curionópolis, cuja população “está morrendo à míngua, sem emprego, sem saúde, sem expectativa de vida”.

Recentemente, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) divulgou um diagnóstico socioeconômico do sudeste do Pará, revelando a viabilidade da emancipação político-administrativa do sudeste paraense, uma vez que o levantamento abrangeu as dimensões demográfica, histórica, econômica, urbana, social e de referência aos investimentos da CVRD na região, que já totalizam pelo menos 13 empreendimentos. O estudo, feito pela empresa Diagonal Urbana Consultoria, mostra que a região sudeste era composta por apenas cinco municípios até 1980 e há sete anos já totaliza 28 áreas emancipadas, o que acarretará uma população de 817,2 mil pessoas até o ano de 2010.

Segundo o diagnóstico encomendado pela CVRD, a participação da região sudeste para o PIB (Produto Interno Bruto) Estadual do Pará sempre foi crescente. Em 1980 a região respondia por 12% do PIB; em 1985 subiu para 15% e em 1999 foi para 26%. Em 2004 são 32% já era responsável por 32%, perdendo apenas para a região de Belém, que gira na casa dos 40% porque abriga as indústrias de transformação e o pólo industrial de Barcarena. O diagnóstico também aponta os déficits encontrados na educação, saúde, segurança pública e infra-estrutura urbana.

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