Com lenço e documentos

A célebre frase acima, imortalizada pela música de Caetano Veloso, é a associação de imagem mais bem acabada que me ocorre para referendar o nível de alienação e despreparo em que se encontra a oposição de meia dúzia de Deputados Estaduais que começam a acusar o que chamam de "golpe" dos "esquartejadores" do doce far niente de suas vidas repletas de regalias e mordomias à nossas custas. Às custas do povo que só lhes interessa na hora em que lhes é conveniente votos que lhes garantem mais um mandato, uma barganha, um cargo para os apaniguados: poder.


Sugiro que reúnam os seus lenços para chorar e os documentos para o debate. Vem aí plebiscito senhores. E não adianta cantarolar pelos cantos a outra parte da música como consolo:

Eu vou...Porque não! Porque não!!

Divisão do Estado cria polêmica na Assembléia

O Liberal (jornal porta-voz dos exploradores)

A possibilidade de dividir o Pará repercutiu ontem na Assembléia Legislativa do Estado. Os deputados argumentaram sobre os prós e os contras que o movimento separatista pode trazer não só para o Pará, mas também para os futuros estados do Tapajós e Carajás, caso o Estado-Mãe venha a ser desmembrado.

A polêmica veio para o plenário, assim que o deputado Joaquim Passarinho (PTB) subiu à tribuna para justificar às recentes declarações, publicadas na edição de domingo de OLiberal, de que os 'líderes do movimento separatista não são paraenses, não torcem por Remo e Paysandu e nem são devotos de Nossa Senhora de Nazaré'. O deputado justificou que ao falar isso, não quis desmerecer nenhuma crença ou preferência futebolística, mas que a associação foi feita apenas à título de força de expressão. Ele também ressaltou que o mais importante nesta discussão toda é que se faça um amplo debate sobre o assunto, ouvindo e fazendo estudos técnicos sobre a viabilidade das propostas, não apenas para dividir o Estado, mas também sobre a importância de mantê-lo unido.

'Não que isso nunca vá acontecer lá na frente, mas é preciso fazer com o que Estado-Mãe, que é o Pará, não seja penalizado com a divisão. Todos estes mapas que estão sendo feitos até agora, foram planejados pelos separatistas. Por que não redesenhar este mapa?', questionou.

Passarinho recebeu críticas do deputado Martinho Carmona, representante da bancada evangélica e também de outros parlamentares das regiões sul e oeste do Pará. Mas, o mais incisivo foi o deputado João Salame (PPS). Ele classificou o discurso de Passarinho como deselegante e infeliz. Segundo ele, a argumentação de que o movimento separatista é liderado somente por pessoas que não são genuinamente paraenses, 'reproduz a ótica da elite mais parasita e conservadora de Belém, daquelas que não tiram o traseiro da cadeira sequer para ganhar dinheiro no sul do Pará. Isso é coisa de quem observa o Estado a partir da ótica de Belém', disse.

Salame afirmou também que se fosse feito realmente uma consulta pública à população, o resultado apontaria para a divisão do Estado. 'O Japão não tem minério, não tem terras agricultáveis, não tem riquezas naturais, enfim, e é um dos países mais rico do mundo. Para o Pará se desenvolver, precisa apostar em tecnologia', argumentou.

Gabriel Guerreiro também entrou no debate e defendeu o aprofundamento dos estudos de viabilidade técnica, econômica e social sobre a questão. Ao propor isso, o parlamentar relembrou que desde o século XIX, os argumentos favoráveis e contrários se repetem ao longo da história, e que as divisões nunca foram realmente embasadas em estudos consolidados.

Comentários

Será que dois séculos não foram suficientes para os acomodados discutirem e embasarem o assunto?

Caia na conversa fiada deles e vei ter que esperar mais dois séculos.

Centenas de estudiosos do Brasil e do mundo já estudaram esse assunto e tem material para encher uma biblioteca.

Os Estados Unidos já discutiram isso desde de antes da Independência em 1776.

Ou elitizinha mala essa!

Enquanto eles conversam lorota, vamos tomando nossas providências que estamos na era da informática e milhões de brasileiros estão passando necessidades e fome.

O Brasil não pode ficar esperando esses dorminhocos enfadonhos.
Também acho meu caro Dr. Roberto.
Enquanto eles dormem, nós trabalhamos.
Abs

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