Divisão territorial do Brasil a partir do Pará

A verve da jornalista Cristina Moreno instiga e encanta. Antenada com o processo em curso no Brasil, debalde os segmentos contrários à criação de novos Estados. Cris começa a revelar um arsenal de pontos de vistas prá lá de interessantes.

Cris nos convida para o debate essencial. Leiam.

Vamos pesquisar ?

Por e-mail, o professor Vicente Salles fala sobre a divisão do Pará:

Prezada Cristina

Quanto à divisão do Pará, pergunto-me: Por quê e para quê? Lembro-me de um antigo estudo do IBGE, nos tempos de Getúlio Vargas, talvez 1942 ou 43, que trata exatamente da redivisão do Brasil. É possivel que esse estudo, publicado na antiga Revista Brasileira de Geografia, ainda se encontre no Acervo Vicente Salles no Museu da UFPA. Você poderá obtê-lo, talvez mais facilmente, no próprio IBGE. A proposta daquela época é bem mais interessante, me parece, por que levou em conta interesses sócio-econômicos, mas como sempre não foi precedida de amplo debate, sequer de consulta popular. Ao examiná-la e ler as cartas elaboradas naquela época você talvez se surpreenda com a objetividade da proposta. A Amazônia foi contemplada com cerca de vinte (se me lembro) novas unidades federativas.... As propostas atuais são corporativistas-empresariais, a exemplo da redivisão do Mato Grosso e Goiás. Os donos do poder pretendem contemplar seus morgados, como nos tempos das capitanias. É aconselhável ler alguma coisa a respeito. Raimundo Faoro e outros impertinentes. E tentar descobrir a nossa identidade. Será que existe? Ou vamos nos comportar, ainda e sempre, como colonizados satisfeitos e conformados? Estou cansado para entrar nesse debate. Um abraço do Vicente Salles.

Pois é, professor, mas encontrei na Biblioteca Digital do IBGE, a sua referência. Ela está na RBG 1941 v3 n2. Nas páginas 318 a 370. Confesso que tem ligação com o texto do professor Paraguassú Eléres(Etiquetas:divisão/PA/Blog).

“Divisão Regional do Brasil”, do professor M. S. Guimarães, chefe da Secção de Estudos Geográficos do SGEP. No item - Base para a divisão prática - , está a pergunta:

"Deve-se tomar por base as regiões naturais ou as regiões humanas?." São pesquisas de vários estudiosos renomados. Vale a pena conferir e ter a sua opinião própria também.

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