Deputado Zenaldo Coutinho fala sobre "Faroeste no Pará

Ag. Câmara













Em plena votação das Medidas Provisórias que trancavam a pauta da Câmara dos Deputados, o deputado Federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), falou há pouco, na condição de Líder de seu partido na Tribuna, o quanto considera “lamentável o que vem ocorrendo no interior do Pará, motivo, inclusive, de extensa reportagem da revista Veja desta semana, algo que não se restringe ao Estado, mas que tem se ampliado no campo: a violência, as invasões de terra, o desrespeito ao direito de propriedade, o vandalismo e hoje até o banditismo, travestido no nome de movimentos de trabalhadores.”

A reportagem da revista Veja, disse Zenaldo Coutinho expõe até movimentos com ligações de remanescentes do Sendero Luminoso, do Peru, movimento este maoísta que matou 30 mil pessoas naquele país nas décadas de 80 e 90 e que agora está inserindo sua participação no sul do Pará.

“Nós devemos estar atentos aos movimentos armados que depredam propriedades, prendem pessoas, que invadem propriedades encapuzados e armados. Sr. Presidente, ficamos extremamente preocupados com o faroeste no Pará, como eu disse hoje, que não se apenas ao Estado, mas que se amplia por outros Estados brasileiros, levando a um clima de revolta, de violência, de insatisfação, de depredação do patrimônio e de ofensa ao direito”, disse o parlamentar.

“A Governadora, segundo a imprensa, amanhã estará em Brasília, e eu terei oportunidade de manifestar a S.Exa. essa preocupação. Segundo a revista Veja, a Governadora teria baixado uma portaria proibindo a Polícia de interferir nos conflitos agrários”, adiantou Zenaldo Coutinho.

Sobre o polêmico e, numa primeira análise inconstituicional decreto baixado pela governadora que proíbe a ação policial contra esses grupos “ditos” sociais, o parlamentar disse: “Ora, sabemos que a Polícia vem sendo chamada por ordens judiciais, e não pode o Governo omitir-se de atendê-las. Ordem judicial é para ser cumprida. Esse sentimento gerado hoje pelo descumprimento dessas ordens, com o agravante desse documento público emitido pela Governadora, pode redundar em graves conseqüências, mais graves ainda do que tem ocorrido no campo, no caso específico no Pará.”

“Todos devemos lutar pela pacificação no campo e por uma verdadeira reforma agrária, o objetivo primeiro. Mas reformagrária não pode ser confundida com invasão, com depredação de patrimônio, com seqüestro de pessoas, com reféns a serem negociados em troca da liberação de recursos para esses movimentos ditos revolucionários que estão a agir no sul do Pará. Está presente o Deputado Giovanni Queiroz, que muito atua nessa região e deve estar também extremamente preocupado com o alcance desses movimentos no interior paraense.”, explicou o deputado.

Ao concluir seu discurso, o deputado Zenaldo Coutinho fez questão de que esse registro fará com que, com certeza, o Poder Judiciário deve estar atento ao cumprimento das suas ordens. É inconcebível pensar que o cidadão vai em busca da Justiça para ter resguardada sua propriedade, seu direito e simplesmente ser negado o cumprimento dessa ordem. Esse descumprimento pode gerar uma situação de caos e desordem que afetará profundamente os paraenses e os brasileiros.

Comentários

Yúdice Andrade disse…
Deputado quem? Existe um deputado chamado "Zenaldo Coutinho", é? Nunca tinha ouvido falar...
Brincadeiras à parte (em termos, porque de fato ninguém ouve falar em Coutinho, exceto na época das eleições, quando aparecem os tais outdoors sobre x milhões de reais conseguidos no orçamento), já que passaste pelo Flanar na postagem sobre Mosqueiro, que tal montares um roteiro de Marabá?

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