Em nota Faepa solidariza-se com CVRD

NOTA À IMPRENSA

“Reiteradas vezes, nas últimas semanas, esta Federação vem alertando os poderes públicos e a sociedade em geral para o alarmante quadro de violência que se estabeleceu, impunemente, na zona rural de nosso Estado. Insistentemente, também, tem manifestado sua preocupação para a letargia que parece estar dominando todo o corpo social e político desta Nação que a tudo assiste sem nenhuma capacidade de reação, na preservação da Democracia e do Estado de Direito.

Extrapola qualquer limite de aceitação, chegando às raias do absurdo, a aceitação pacífica da continuada afronta ao Poder Judiciário por facções armadas que se consideram acima da Lei e do respeito aos ditames constitucionais. Atingimos, ao nosso ver, a perigosa fronteira da anarquia, onde o império da força se sobrepõe ao ordenamento jurídico, fragilizando as instituições e condenando-nos a um retorno trágico à barbárie.

Em paralelo à acintosa onda de invasões, saques, depredações, ataques ao meio ambiente, em fazendas produtivas, assistimos, agora, a ocupação da Estrada de Ferro Carajás por integrantes do chamado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), no município de Parauapebas, no Pará. Como bandidos, encapuzados e vestidos de preto, segundo o relato de nota emitida pela Companhia Vale do Rio Doce, “de novo usaram de violência contra o maquinista e quatro funcionários da Vale, que foram feitos reféns”. Os sistemas de frenagem das locomotivas foram cortados e as composições foram apedrejadas e golpeadas com picaretas.

A Faepa se solidariza com a Vale do Rio Doce, seus dirigentes e funcionários, alvos recentes dessas práticas criminosas que há muito desestabilizam o meio rural e a própria economia deste Estado. E indaga, mais uma vez, às autoridades constituídas: até quando iremos conviver com o inaceitável esquema de terror existente no Pará, sem nenhum vislumbre de controle legal, que deixa claro a existência de um movimento revolucionário que objetiva a derrocada da Democracia em nosso País? A quem recorrer, nesta gravíssima hora da República brasileira?”

Belém (PA), 08 de novembro de 2007

CARLOS FERNANDES XAVIER
Presidente da Faepa

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