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Informe JB

Leandro Mazzini

Dilma ameaçou voltar ao ministério

"Todos somos políticos" , dizia Max Weber. Se ele estivesse por aí a filosofar, precisaria de poucas horas para comprovar isso nas hostes do PMDB e, na análise das entranhas da sigla, extrairia outra máxima para o que seria seu vocabulário moderno de poder: o fisiologismo. Peculiaridade das coalizões governistas, a palavra tem caído como sobrenome ao partido. Sabe muito bem disso a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que impressionada com a voracidade do PMDB deixou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perplexo ao soltar a frase: "Se for preciso, eu volto a ser ministra".

Era quinta-feira à noite, quase madrugada, quando Dilma Rousseff deixou a bola quicando para Lula, em pleno Palácio do Planalto, insatisfeita com o desenrolar dos acontecimentos. Horas antes, em reunião com os senadores José Sarney (o padrinho), e Edison Lobão (o agraciado), Lula batera o martelo. Lobão será o ministro de Minas e Energia, pasta ocupada por Dilma Mão de Ferro Rousseff há alguns anos, e da qual Silas Rondeau - ex-apadrinhado de Sarney - foi expurgado.

Dilma tem lá suas preocupações. Gerente do Programa de Aceleração do Crescimento, concede gordas verbas para a pasta, vítima na gestão de Rondeau do empreiteiro gaiato Zuleido Veras. O gargalo estava nas obscuras obras do Luz para Todos, um sonho de Lula de iluminar o país inteiro. Entretanto, a preocupação da ministra agora, dizem aliados, é jogar luz em Edison Lobão Filho, misteriosamente chamado de Edinho 30%, suplente do pai no Senado. O apelido vem do Rio, onde atuou no Instituto de Resseguros do Brasil quando Roberto Jefferson (PTB) dava as cartas por lá. Já o apelido de Dilma, todos sabem, vem de seus adversários. O final da história é notório. Lula convenceu Dilma a ficar por perto, no terceiro andar do Planalto. Precisa dela em 2010.

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