Corpo de padre voador é recebido sob aplausos de fiéis

Depois de quase três meses e meio de angústia e orações, os fiéis da Paróquia São Cristóvão, na cidade de Paranaguá, litoral paranaense, receberam com uma salva de palmas o corpo do padre Adelir de Carli.

O corpo de Adelir chegou do Rio de Janeiro no início da noite desta sexta-feira. A tradicional missa das 19h na paróquia local será rezada em oferecimento a ele.

- Foi uma rotina desgastante e agora temos que ter o pensamento em Deus e ir até o fim nessa missão. É a nossa última homenagem - disse Moacir de Carli, irmão de Adelir, que ao lado do bispo de Paranaguá, D. João Alves dos Santos, buscou os restos mortais do religioso no Rio de Janeiro.

Após ser velado e homenageado em Paranaguá, o corpo de Adelir de Carli embarca para a cidade de Ampere, onde nasceu, e onde será enterrado. Na cidade, será realizado um breve velório e, em seguida, ainda pela manhã de sábado, o enterro de Adelir. Pelo menos dois ônibus seriam fretados pela Paróquia São Cristóvão para levar fiéis até Ampere.

Corpo do padre foi encontrado por rebocador

Adelir desapareceu após decolar de Paranaguá, no Paraná, em 20 de abril, sustentado por balões de gás. Seu corpo foi achado no dia 4 passado, na costa fluminense, na altura de Maricá, por tripulantes de um rebocador que presta serviços para a Petrobras. Nesta semana, foi divulgado o resultado do exame de DNA, que confirmou que o corpo é do padre.

Suspenso por cerca de mil balões, Adelir queria ficar 20 horas no ar e bater o recorde neste tipo de vôo. Além da marca histórica, o padre dizia que iria divulgar a Pastoral Rodoviária, de apoio a caminhoneiros. Mesmo com o céu nublado e pancadas de chuva, o religioso manteve o vôo. Segundo o empresário José Agnaldo de Morais, da equipe de apoio, Carli chegou a ser aconselhado a adiar a viagem, mas se recusou.

As buscas começaram logo no dia seguinte e foram coordenadas pelos Bombeiros e pela Marinha, que chegaram a encontrar a 50 quilômetros da costa de Florianópolis parte dos balões que foram usados pelo padre.

Esta tinha sido a segunda vez que Adelir de Carli desafiou os céus. Em janeiro, ele já havia feito uma viagem de Ampere, no sudoeste paranaense, até San Antonio, na Argentina, a 110 quilômetros do local em que levantou vôo.

Fonte: Ag. Globo

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