Descance em paz se puder

Sérgio Naya: Morreu duro como todos!

Seu Pedro (*)


Um homem de dinheiro sai duro de um hotel luxo, como todos que morrem, troca o colchão macio de uma suíte por uma lápide fria e comum de um necrotério, a mesma que em igual circunstância repousaria um pobre qualquer. É tudo muito enigmático, ainda mais sendo ele também conhecido por “demolidor”, apelido que gentilmente a mídia o auferiu após a queda do edifício "Palace II", no Rio de Janeiro, que fará 11 anos de caído no dia do sepultamento do ex-engenheiro, ex-deputado e ex-vivo, Doutor Sérgio Naya, em Laranjal, Minas Gerais, que neste dia 22 de fevereiro é lembrado em triste aniversário! Após a queda do edifício “Palace II”, no Rio de Janeiro, que no dia do seu sepultamento, em Laranjal, Minas Gerais, dia 22 de fevereiro, completará onze anos de caído.

Como poderei dizer a Sérgio Augusto Naya “descanse em paz”, como certamente alguns de seus conterrâneos e parentes dirão. A mim ele não fez nada demais, a não ser me dar um cano em alguns torçados, contrato de uma publicidade, política para ele feita em então jornal de minha propriedade, “Voz da Mata”, com sede em Bicas, MG, por ocasião de uma política de Sérgio em sua região. Mas é coisa do passado, e os cruzeiros novos já envelheceram!

Mas o meu não ao “descanse em paz” a Sérgio Naya, não é por alguma frívola divida pecuniária, nem pelo “Palace II” haver caído. Tantas edificações se racham e caem! Minha indignação com o ex-empresário é por não ter cumprido voluntariamente um dever que por ética deveria ter assumido; socorrer e indenizar as vítimas da tragédia provocada por sua empresa, a Sersan, sem a necessidade de insistentes intervenções da Justiça, que, estranhamente, dele só conseguiu até hoje 15% do valor indenizatório. Isto após anos de demanda!

Hoje sinto desprazer por ter conhecido tal defunto e ter-lhe apertado mão, durante uma apresentação política de apoio de uma igreja evangélica, ao então candidato a deputado federal Sérgio Naya, no município de Guarará, MG, onde muitos crentes em sua honestidade, e claro pensando em benefícios, oravam pela eleição de “Doutor Sérgio”. Dias após houve uma festa em Laranjal, na casa de Naya, indo lá pude conhecer o que é rico “virar” pobre pela necessidade de não perder votos.

Alguns episódios de Naya ficam para a história. Sobre a Justiça disse: “a justiça está no canhoto do meu talão de cheques”. Sobre ser mais rico do que muitos, disse em uma festa natalina em Miami, EUA, ao lhe ser servido champanhe em taça plástica: "Isto é coisa de pobre"... De rico ou de pobre era a pedras fria do necrotério. Certamente ele desejaria que fosse de mármore de Carrara, e seu corpo lavado com água mineral!

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(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda Bahia (impresso e virtual) na cidade de Guanambi, Bahia... Em suas andanças de repórter viu e apertou a mão, que já lavou com detergente, do hoje defunto Sérgio Naya.

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O defunto em questão era tão ordinário que engambelava as mulheres com quem tinha relação. Ficava com as pobres coitadas apenas seis meses, usava-as e jogava-as fora!

Elementos desse jaez têm que arder no mármore do inferno até o final dos tempos, e ainda é pouco.

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