Câmara aprova MP que aumenta mínimo para R$ 465. Aposentados não têm o mesmo índice de reajuste
Os aposentados e pensionistas do Brasil ficaram mais uma vez a ver o Governo Lula não cumprir uma de suas prinicpais promessas de governo em 2002, repetida em 2006: acabar com o "Fator Previdênciário" e manter o índice salarial dos que se aposentaram quando deixaram o serviço público.
O "trator" governista passou por cima da oposição afirmando pela enésima vez em calorosa defesa ao Governo que "em outra oportunidade tratará dos aposentados".
O blog pensa que o Governo quer é que os aposentados do país desistam do direito de manter o poder de compra de seus salários quando de suas aposentadorias.
O Governo Lula enrola e não assume que não quer ou não pode conceder o que deve ser feito para resgatar esse ato inominável que é jogar os homens e mulheres que dedicaram as suas vidas ao país e, depois de velhos, não ter nenhum instrumento que lhes garanta a mínima dignidade.
Não explica por que não pode explicar o que não é sua prioridade.
Veja abaixo como foi a queda de braço entre situação e oposição.
Outra matéria aprovada ontem pelo Plenário foi a MP 456/09, que aumenta o salário mínimo de R$ 415 para R$ 465 a partir de 1° de fevereiro deste ano. A matéria deve ser votada ainda pelo Senado. O aumento representa ganho nominal de 12,04%, percentual encontrado pela soma da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desde março de 2008 (6,64%) e de aumento real igual à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007 (5,4%).
A MP foi relatada pelo deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), que recomendou a aprovação do texto original enviado pelo Executivo. Ele rejeitou as sete emendas apresentadas, várias das quais propunham valores ainda maiores para o mínimo.
Segundo o governo, o aumento do salário mínimo deve beneficiar cerca de 25 milhões de trabalhadores formais e informais e 17,8 milhões de pessoas que recebem benefícios da Previdência Social. O novo salário mínimo eleva as despesas da Previdência em R$ 7,9 bilhões.
Aumento real - No debate da matéria, o líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), destacou a importância da política de aumento real do salário mínimo (acima da inflação e também do PIB) implantada pelo Governo Lula. Segundo o líder, essa política promove a evolução das pessoas das faixas de renda mais baixas, viabiliza a distribuição de renda, reforça o mercado interno e dá ao Brasil melhores condições para enfrentar a crise econômica mundial.
Para o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), elevar o salário mínimo é uma forma inteligente de distribuir renda. Ele ressaltou que, no Governo Lula, o mínimo teve ganho real de 46%.
A oposição, por sua vez, concentrou suas críticas à MP na não extensão do mesmo reajuste do mínimo às aposentadorias da Previdência Social. Para José Carlos Aleluia (DEM-BA), “como aposentado não tem sindicato, a CUT e o PT lhe dão as costas”. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) conclamou a Casa a impedir que o aumento do mínimo seja maior que o das aposentadorias.
Líder do Psol, Ivan Valente (SP) defendeu aumento maior do salário mínimo - para R$ 637,40. “É quanto ele deveria valer para o Lula cumprir a promessa de dobrar o seu valor real”, justificou, lembrando que, de acordo com o Dieese, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.014,00 para atender às necessidades básicas do trabalhador.
Comentários
SE PUDER DIGA A ELE, NÃO ESTAMOS PEDINMDO FAVOR, REIVINDICAMOS UM DIREITO.
ANTONIO CARLOS DOS SANTOS, 62 ANOS, APOSENTADO