CEF: Mais crédito à construção

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Limite da renda e prazo de pagamento são elevados, facilitando a compra financiada de material para reforma e edificação. No Distrito Federal, o teto de ganho familiar passa de R$ 1.900 para R$ 4.900

Rejane, comerciante: Atenção às condições oferecidas pelas lojas
Mais famílias vão poder comprar material de construção nas lojas conveniadas com a Caixa Econômica Federal. Entrou em vigor esta semana as novas regras para o Construcard FGTS ( Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O limite de renda familiar para acesso ao crédito disponível nas agências da Caixa subiu de R$ 1.900 para R$ 4.900 nas regiões metropolitanas do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Este limite também vale para os municípios com mais de 500 mil habitantes.

Nas demais cidades, o limite de renda passou para R$ 3.900. Esta não é a primeira modificação sofrida por esta linha de financiamento este ano. Em março, a Caixa já tinha deixado de exigir a garantia de fiança e aval. Também o prazo de pagamento foi ampliado de 96 para 120 meses. O valor máximo do empréstimo do Construcard FGTS é de R$ 25 mil, com a taxa de juros variando entre 5% e 8,16% ao ano, de acordo com a renda do tomador do empréstimo.

O gerente da Cimfel, Manoel Florentino Neto, acredita que as alterações promovidas no Construcard, juntamente com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), vão contribuir para o aquecimento do mercado. Ele conta que desde o início da crise, em setembro do ano passado, as vendas diminuíram cerca de 25%. A expectativa de Manoel é que com a redução do IPI e as mudanças no Construcard o mercado da construção civil recupere o que perdeu. Crescimento mesmo ele prevê, no máximo, de 5%.

Sem redução
Mesmo sem saber das mudanças no Construcard, a comerciante Rejane Santos estava na Cimfel procurando tinta. Ela disse que optou pela loja pela facilidade da compra e do prazo de pagamento. Rejane nem foi beneficiada pela redução do IPI. O produto que ela queria ainda não tinha sido objeto de aquisição com imposto reduzido na origem. “Só na próxima compra que fizermos”, se esforçava para explicar o vendedor.

A classe média de maior poder aquisitivo também não ficou de fora das novidades. A Caixa também fez alterações no Construcard Caixa, que é financiado com recursos da poupança. O prazo de pagamento passou de 42 para 60 meses, com o cliente tendo entre dois e seis meses de carência para começar a pagar a dívida principal.

O valor máximo de financiamento vai depender da capacidade de pagamento do tomador do empréstimo. A taxa de juros é de 1,59% ao mês e mais a incidência da TR (Taxa Referencial de Juros).

Fonte: Correio Braziliense.

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