Prefeitos e vereadores visitam senadores para votação do PDS que autoriza plebiscito do Estado do Carajás

ESTADO DO CARAJÁS

Foto: J. Sobrinho

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O prefeito Maurino Magalhães de Lima (PR) e 12 dos 13 vereadores iniciam hoje (2) em Brasília (DF) uma verdadeira peregrinação pelos gabinetes dos senadores, na tentativa de convencê-los a aprovar o projeto de plebiscito, para a criação do Estado do Carajás. O projeto será votado nesta quinta-feira na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) do Senado. Se aprovado, será levado a votação em plenário. Outros vinte prefeitos e dezenas de vereadores de vários municípios da região do Carajás estarão de 2 a 4/06 nos gabinetes dos senadores no Senado Federal.

Ontem (1º), oito dos vereadores e Maurino embarcaram para a capital federal. Hoje outros quatro seguem ao encontro do grupo: Ronaldo Yara (PTB), Ismaelka Queiroz (PTB), Antônio da Ótica (PR) e Antônia Carvalho (PT). Só o vereador Ronaldo da 33, devido a compromisso agendado anteriormente em Belém, não vai a Brasília.

Empolgados, os vereadores e o prefeito Maurino acreditam que desta vez existe um clima favorável a aprovação do plebiscito, que vem esbarrando na pressão política de parte da bancada paraense na Câmara e Senado, além de outras lideranças políticas, que são contrárias a divisão do Pará. Maurino Magalhães aposta no voto de senadores de outros Estados, como do Espírito Santo, Tocantins e Amazonas, que são favoráveis a criação de novas unidades da federação, para aprovação do plebiscito.

O prefeito lembra que Projeto de Decreto Legislativo nº 52, de 2007, tem como primeiro signatário o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO). Outro a favor do projeto é o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que foi relator da matéria agora relatada pelo senador Valter Pereira (PMDB-MS) já apresentado semana passada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

“Vamos de gabinete em gabinete pedir o voto dos senadores. Sei que os do Pará ainda são contra, mas, quem sabe, a gente não os faz mudar de idéia”, espera Maurino, que já tem o voto garantido dos senadores do Espírito Santo, de onde ele é natural.

Ainda segundo o gestor, esta vez o movimento está mais forte. Tanto que a Câmara Municipal em peso está indo acompanhar a votação e pedir o voto dos senadores, assim também como outras lideranças políticas da região estão fazendo lobby na capital federal em prol do projeto. “Com fé em Deus, vamos conseguir essa vitória, que é muito importante para todos nós do sul e sudeste do Pará, que há muito almejamos ver essa região independente”, diz o prefeito.

Se ainda não der dessa vez, Magalhães diz que o terreno já fica mais preparado para a próxima votação. “Estamos subindo um degrau de cada vez e tenho certeza que vamos chegar ao último andar, que é a criação do Estado do Carajás”, acredita.

A vereadora Irismar Sampaio (PR) também está confiante que, ainda este ano o projeto será aprovado no Senado e Câmara dos Deputados. “Esse é um momento importante na luta para a nossa emancipação e fico orgulhosa de poder participar dessa corrente em prol da aprovação do plebiscito”, destaca Sampaio.

Há muito participando de movimentos Pró-Carajás, a vereadora Vanda Américo (PV) conclama todos a se unirem nessa luta. “Todos precisam fazer a sua parte. Peça a seu amigo, colega e parente que abrace essa causa. Vamos mandar e-mails aos deputados e senadores, pedindo que aprove a realização desse plebiscito”, conclama a vereadora, que ainda lembra da vitória obtida ano passado, com aprovação da matéria na CJR (Comissão de Constituição e Justiça e Redação) do Senado.

Com Ascom/PMM.

Comentários

Anônimo disse…
Temos tanto estados brasileiros pobres que não conseguem manter-se financeiramente e dependem dos valores remetidos pela União. As regiões sul e sudeste são considerados "ricas" por se auto-financiarem. É de se pensar se a estrutura que um estado exige poderá ser suportado pelo novo estado.Se depender também de remessas da União é bom que não ocorra a criação.
Anônimo das 11:50 AM você mesmo respondeu a questão.
Ricardo Cunha. disse…
Como é do conhecimento de todos, que esta região é rica e isso é que impede os nossos diletos senadores parenses eleitos com a votação macissa desta região, acredito que temos condições suficiente de andar com as próprias pernas, afinal mamdamos as riquezas e ficamos com as mazelas do estado, total falta de atendimento e de respeito por parte de nossos administradores.
Anônimo disse…
sabe porque os politicos não querem a divisão...apenas porque a vale vai ficar no novo estado..e ela é a maior regadora de renda pro estado..e eles não querem perder essa mãe de leite..duvido muito que essa divisão aconteça...mas torço de forma incondicional para que isso ocorra..

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