Planalto libera R$ 1 bilhão para aplacar pressão da base aliada
Pressionado pelo Congresso, o governo decidiu empenhar R$ 1 bilhão em emendas parlamentares individuais incluídas no Orçamento da União de 2009. Determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira passada, a medida foi anunciada ontem pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. A ideia do Palácio do Planalto é usar a quantia para conter uma insatisfação crescente na bancada governista, que ameaça aprovar projetos bilionários caso não haja a liberação do dinheiro. Aliados ensaiam, por exemplo, derrubar o veto presidencial ao reajuste de 16% nas aposentadorias acima de um salário mínimo. Uma decisão nesse sentido terá impacto de R$ 12 bilhões por ano nas contas da Previdência Social.
Na reunião de ontem, ficou acertado que, daqui a 30 dias, a equipe econômica reavaliará a arrecadação federal para saber se haverá novos empenhos. Múcio sabe que o R$ 1 bilhão prometido afastará apenas momentaneamente a possibilidade de traições em plenário. Por isso, quer outras parcelas de empenho até o fim do ano. A meta da articulação política é assegurar a liberação de cerca de R$ 5 bilhões dos R$ 5,9 bilhões em emendas individuais constantes da lei orçamentária atual. Ou R$ 8 milhões dos R$ 10 milhões a que cada deputado e senador tem direito. À frente da maior bancada da Câmara, o líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), reclamou na semana passada do fato de a equipe econômica não responder aos pedidos de empenho das emendas.
“O que incomoda é o silêncio dos ministros. Depois, o plenário responde com silêncio na votação de projetos importantes, e o governo não sabe por que”, afirmou Alves. Além de lembrarem da possibilidade de derrotar o Planalto em projetos bilionários, os congressistas planejavam, em retaliação, causar transtornos a Bernardo e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Um dos planos em discussão era convocá-los a prestar esclarecimentos em audiências públicas em todas as comissões temáticas da Câmara. Só para constrangê-los. Líderes governistas alegam que a pressão pelas emendas é legítima. Os recursos constam de lei aprovada pelo Congresso. Além disso, se destinariam a obras em pequenos municípios, muitas das quais “esquecidas” pelos programas elaborados pelo governo federal.
O número
R$ 5 bilhões
É quanto a articulação política quer liberar em emendas
Comentários
Orcelino Andrade
Tem dinheiro até para perdoar dívidas e fazer emprestimos bilionários para outros países e muitas falcatruas que todos estão cansados de saber, mas o país vai falir se um desgraçado de um aponsentado tiver um aumento que o deixe pelo menos morrer em paz!
O Poder deve emanar do povo e não de cima para baixo ou melhor de goela abaixo. Precisamos aprender isso. Sabemos que existe mas não sab emos como fazer. Enquanto isso ao votarmos e pararmos por aí, continuamos assinando cheque em branco para essa corja de ladrões e Sarneys da vida!
Caramba, como demora para o povo entender nesse Brasil!
Só espero que os deputados não se VENDAM por tão pouco. UM BILHÃO DE REAIS é o preço com que se compra a camara dos deputados.
Será que os aposentados não conseguem juntar este valor e comprar conciência dos NOBRES DEPUTADOS já que o presidente nem isto tem?
Eu, por exemplo, contribui para a previdencia por 41 anos, dos quais 14 com o teto de 20 salarios minimos, e hoje recebo menos de 4 slarios minimos. Ah e ainda sou um dos marajas da previdencia.
Se o governo tivesse um minimo de vergonha na cara, proporia a separação das previdencias, publica e privada, criaria um fundo que é de sua obrigação para a publica, e deixaria que as contribuições da previdencia privada fosse unicamente para custear essas aposentadorias.
Lula lá miséria cá.