Convenção – Deputados João Salame e Giovanni Queiroz são os timoneiros do Carajás

Foto: Walmor Costa/Ag. Planet

















A Convenção Pró-Estado do Carajás que está andamento na sede da Câmara Municipal de Marabá, em cumprimento as normas do TSE sobre a realização do plebiscito sobre a divisão do Pará para a criação dos estados do Carajás e do Tapajós, acaba de deliberar os membros da "Frente por um Pará mais Forte", nome que será registrada a corrente de pensamento a favor da criação do novo Estado no Tribunal Regional Eleitoral do Pará.

Os deputados estadual João Salame, foi eleito presidente da Frente e seu colega deputado federal Giovanni Queiroz, Coordenador Geral. Compõem, ainda, a Frente, como tesoureiro, o ex-Diretor Regional do Banco do Brasil para a região do Carajás, o administrador de empresas e contador Ademar Rafael Ferreira. O prefeito Luciano Guedes, será o Coordenador de Comunicação; a vereadora e ex-presidente da Câmara Municipal de Marabá, Júlia Rosa, foi eleita Coordenadora de Mobilização.

Na Convenção, foi escolhido também o coordenador jurídico da Frente, trata-se do advogado e presidente da Subseção da OAB em Marabá e Procurador do Município, Haroldo Silva Júnior.

Com a eleição de presidente que coube ao deputado João Salame, cai por terra um dos principais argumentos dos partidários contra a emancipação do Oeste e do Sul/Sudeste do Pará, a de que o movimento emancipacionista, é dirigido por "estrangeiros", ou seja, líderes políticos e empresariais não nascidos no Pará.

Perfil dos Timoneiros
Foto: Portal da ALEPA
João Salame Neto nasceu em 24 de fevereiro de 1962. Natural de Marabá (PA), é filho de Roberto Salame e Maria Creusa Silva Salame. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás, tem cursos de especialização em Filosofia e Economia Política.

Iniciou a militância política em 1980, como líder estudantil na Universidade Federal de Goiás. Nesse mesmo ano entrou para o PMDB, o partido legal das oposições ao regime militar, ao mesmo tempo em que militava, clandestinamente, no Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Aos 21 anos de idade foi convidado pelo governador de Goiás, Íris Rezende, para assumir o cargo de secretário de Comunicação da primeira-dama do Estado, Íris de Araújo.

Na década de 80, João Salame foi duas vezes diretor do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal de Goiás. Foi presidente do Comitê Goiano para o Ano
Internacional da Juventude, tendo tido participação ativa no Congresso Mundial da Juventude realizado em julho de 1985, em Moscou, na extinta União Soviética. Ainda em 1985 deixa o PCB.

Foi diretor do Sindicato dos Jornalistas de Goiás em 1985; membro titular das executivas estaduais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Goiás (1986) e no Rio de Janeiro (1988) e membro titular da Executiva Nacional da CUT (1989).

Em 1989 filia-se ao Partido Popular Socialista (PPS).

Em 1993 aceitou o convite do prefeito de Marabá Haroldo Bezerra para assumir a Assessoria de Comunicação da Prefeitura do município. No mesmo ano filia-se ao PDT e torna-se vice-presidente do partido em Marabá. Ainda na gestão de Haroldo Bezerra assume o cargo de gerente regional da Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins (Amat).
Foi ainda secretário de Planejamento no último ano de governo do prefeito de Marabá Geraldo Veloso. Como publicitário, João Salame coordenou as campanhas dos quatro últimos prefeitos eleitos de Marabá (
Haroldo Bezerra, Geraldo Veloso (duas vezes) e Tião Miranda). Há 12 anos fundou o Jornal Opinião.
Foi diretor da Associação Comercial e Industrial de Marabá e o primeiro presidente do Águia de Marabá Futebol Clube.
Atualmente é vice-presidente estadual do PPS e um dos cem membros da Direção Nacional do partido, presidido pelo deputado federal Roberto Freire.

Eleito Deputado Estadual pelo PPS, João Salame ocupa a primeira vice-presidência da ALEPA no Biênio 2009/2010. No Biênio 2007/2008, participou das seguintes Comissões Permanentes na ALEPA nos cargos de:
Presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente, Geologia, Mineração e Energia.

Vice-Presidente da Comissão de Divisão Administrativa do Estado e Assuntos Municipais Membro - Titular da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária; e da Comissão de Agricultura, Terras, Indústria e Comércio.
Suplente da Comissão de Constituição e Justiça; da Comissão de Educação, Cultura e Saúde; Comissão de Relações de Trabalho, Previdência e Assistência Social e Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor.

João Salame Neto está exercendo o segundo mandato como deputado estadual e seu reduto eleitoral é a região do pretenso Estado do Carajás.

Foto: Val-André Mutran
Giovanni Corrêa Queiroz
Nascimento: 15/7/1946
Naturalidade: Campina Verde, MG
Profissões: Agropecuarista e Médico
Filiação: Fredesvindo Geraldo de Queiroz e Maria da Conceição Corrêa
Gabinete: 618, Anexo 4, Telefone: 3215-5618, Fax: 3215-2618
Mandatos (na Câmara dos Deputados):
Deputado Federal (Congresso Revisor), 1991-1995, PA, PDT. Dt. Posse: 01/02/1991; Deputado Federal, 1995-1999, PA, PDT. Dt. Posse: 01/02/1995; Deputado Federal, 1999-2003, PA, PDT. Dt. Posse: 01/02/1999; Deputado Federal, 2007-2011, PA, PDT. Dt. Posse: 01/02/2007; Deputado Federal, 2011-2015, PA, PDT. Dt. Posse: 01/02/2011.
Licenças:
Licenciou-se do mandato de Deputado Federal na Legislatura 1999-2003, para tratamento de saúde, por 2 dias, a partir de 15 de abril de 2002.Licenciou-se do mandato de Deputado Federal, na Legislatura 2007-2011, para tratamento de sáude, por 16 dias, de 15 a 30 de setembro de 2009; por 9 dias, de 9 a 17 de novembro de 2009; e por 23 dias, de 2 a 24 de julho de 2010, sem convocação de Suplente.
Filiações Partidárias:
ARENA, 1975-1983; PDT, 1986-.
Atividades Partidárias:
Líder do PDT, ALPA, 1987-1988 e 1990; Presidente, Diretório do PDT-PA, 1987-1989, 1991-2006; Membro do Diretório Nacional do PDT, 1992-2006; Vice-Líder do PDT, CD, 1994, 1996-1999 e 2000-; 1º Vice-Líder do PDT, CD, 1995-1996; Líder do PDT, 1/2/2011-; Vice-Líder do Bloco PT, PDT, PCdoB, 1997-1998.
Atividades Parlamentares:
CÂMARA DOS DEPUTADOS - 54ª Legislatura
COMISSÃO PERMANENTE: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR: Suplente, 1/3/2011 - 17/3/2011; Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional - CAINDR: Titular, 1/3/2011 - ; Comissão de Educação e Cultura - CEC: Suplente, 1/3/2011 - 2/3/2011; Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR: Suplente, 23/3/2011 - .
COMISSÃO ESPECIAL: PL 1610/96 - EXPLORAÇÃO RECURSOS TERRAS INDÍGENAS: Titular; PL 0231/07 - DERRUBADA DE PALMEIRAS DE COCO BABAÇU: Titular.

CÂMARA DOS DEPUTADOS - Legislaturas anteriores à 54ª
MESA DIRETORA: 1º Suplente de Secretário; 2º Suplente de Secretário, 2/2/2009-.
COMISSÕES PERMANENTES: Agricultura e Política Rural: Titular, 1991-1994 e 1998-2002, e Suplente, 1995-1997; Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural: Titular, 3/3/2010-, e Suplente, 14/2/2007- 6/2/2008, 4/3/2008-2/2/2009, 5/3/2009-12/3/2009,18/3/2009-1/2/2010; Amazônia e de Desenvolvimento Regional: Suplente, 2000 e 2002; Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional: Suplente, 14/2/2007- 6/2/2008, 4/3/2008-2/2/2009, 4/3/2009-1/2/2010, 3/3/2010-; Defesa Nacional: Suplente, 1992; Economia, Indústria e Comércio: Suplente, 1993-1994; Finanças e Tributação: Suplente, 3/11/2010-; Fiscalização Financeira e Controle: Titular, 1995-1996, e Suplente, 1997; Minas e Energia: Titular, 14/2/2007-27/2/2007, e Suplente, 27/2/2007-; Seguridade Social e Família: Suplente, 1993; Viação e Transportes: Titular, 1997, 27/2/2007-6/2/2008, 4/3/2008-2/2/2009, 4/3/2009-1/2/2010 e Suplente, 1999 e 2001-2002; Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior: Suplente, 1991-1992.
COMISSÕES ESPECIAIS: Crise Econômico-Financeira - Agricultura: Titular, 24/3/2009-; PEC nº 25/95, Modifica Caput Art. 5º da Constituição Federal, Inviolabilidade do Direito à Vida: Suplente; PEC nº 32/95, Modifica Art. 196 da Constituição Federal, Substitui a Universalização e Gratuidade da Prestação de Serviços de Saúde: Suplente; PEC nº 82/91, Altera Art. 29: Titular, 1992; PEC nº 115/07, Tribunal Superior Probidade Administrativa: Titular, 6/4/2009-; PEC nº 133/92, Demarcação das Terras Indígenas: Suplente, 1995-; PEC nº 169/93, Sistema Único de Saúde: Suplente, 1995; PEC nº 289/00, Incorporação Policiais Militares RO: Suplente-; PEC nº 347/96, Posse do Presidente da República: Titular-; PEC nº 412/01 - Fundo de Desenvolvimento da Amazônia Ocidental: Suplente-; PEC nº 449/97, Fundo de Estabilização Fiscal: Titular; PEC nº 495/06, Criação de Novos Municípios: Suplente, 9/10/2008-; PEC nº 550/97, Zona Franca de Manaus: Suplente; PEC nº 495/06 - Criação de Novos Municípios: Suplente, 9/10/2008-; PL nº 1.876/99, Código Florestal Brasileiro: Titular, 29/9/2009-, Suplente, 06/10/2009-; PL nº 2.057/91, Sociedades Indígenas: Suplente, 1992; PL nº 3.981/93, Produtos que Contenham Asbesto/Amianto: Suplente, 1995; Processo Licitatório de Microcomputadores: Titular, 1995.
COMISSÕES EXTERNAS: Fatos Ocorridos na Região de Curionópolis, PA: Titular; Questão do Garimpo Serra Pelada, Vale do Rio Doce e Serra Leste do Estado do Pará: Titular.
CPIs: Obras Inacabadas: Suplente; Ocupação de Terras Públicas na Região Amazônica: Titular; Pistolagem Regiões Centro-Oeste e Norte: Suplente, 1993; Violência no Campo: Titular, 1992.

CONGRESSO NACIONAL
Comissão Mista Altera Dispositivos da Lei nº 4.024/61: Suplente; Comissão Mista Controladores de Instituições: Suplente; Comissão Mista Crédito Rural: Suplente; Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização: Titular, 1992-, e Suplente, 1994; Comissão Mista Especial Projeto Calha Norte, Política de Ocupação Racional da Região Amazônica: Titular, 1995; Comissão Mista Fixação das Mensalidades Escolares: Suplente; Comissão Mista Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional: Suplente; Comissão Mista Normas para Outorga e Prorrogação das Concessões e Permissões de Serviços Públicos: Suplente; Comissão Mista Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados da Empresa: Suplente; Comissão Mista Responsabilidade Solidária e Indisponibilidade de Bens: Suplente; Comissão Mista Valor Total Anual das Mensalidades Escolares: Suplente.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARÁ
ALPA-Constituinte: Comissão da Organização do Estado, dos Municípios e Regiões Metropolitanas: Titular, 1988-1989; Comissão de Sistematização: Titular, 1989.
ALPA-Ordinário: Comissão de Divisão Territorial: Titular, 1987-1988; Comissão de Justiça: Suplente, 1987-1988.
Mandatos Externos:
Prefeito, Conceição do Araguaia/PA, Partido: ARENA, Período: 1977 a 1982 Deputado Estadual, PA, Partido: PDT, Período: 1987 a 1991, Constituinte
Atividades Profissionais e Cargos Públicos:
Coordenador, FUNASA, Belém, PA, 2003-2004.
Atividades Sindicais, Representativas de Classe e Associativas:
Fundador e 1º Presidente, Sindicato Rural de Redenção, PA, 1985.
Condecorações:
Cidadão Honorário: de Rio Maria, 1984, Conceição do Araguaia, 1985, Curionópolis, 1989, Parauapebas, 1989, e São Félix do Xingu, 1994, PA; Mérito de Serviços como Deputado Estadual, ALPA, 1988; Mérito Legislativo, ALPA, 1989; Cidadão Honorário Paraense, 1990; Medalha do Pacificador, Ministério do Exército, Brasília, DF, 1994.
Estudos e Cursos Diversos:
Graduação em Medicina, Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, RJ, 1966-1971.
Missões Oficiais:
Integrante da comissão representante da Câmara dos Deputados, nas festividades do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, Belém, PA, 1991; Observador Parlamentar, à XLIX Assembléia Geral das Nações Unidas, Nova Iorque, EUA, 1994; e da delegação brasileira à LI AGNU, Nova Iorque, EUA, 1996; Representante da Câmara dos Deputados, em viagem para acompanhar as questões envolvendo garimpeiros de Serra Pelada e a Companhia Vale do Rio doce, Parauapebas, PA, 1997; em visita a vários municípios do Estado do Pará, acompanhando o Ministro Extraordinário de Política Fundiária, o doutor Raul Jungmann, Pará, 1997; Participante, do Seminário de Associações de Produtores da Região Sul do Pará, Xinguara, PA, 1998; Representante da Câmara dos Deputados, na Instalação do Gabinete Itinerante, Marabá, PA, 1998; em Audiência Pública para o Licenciamento Ambiental da Hidrovia Tocantins-Araguaia, Conceição do Araguaia, 1999; como palestrante, no Seminário sobre as Possibilidades de Criação do Estado do Carajás, Marabá, PA, 2001; na condição de membro da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, de averiguações in loco de obras públicas em andamento no Estado de São Paulo, SP, 2001.
Seminários e Congressos:
Representando o PDT, no Seminário Zona Franca e a Proposta de Transformação Econômico-Social para o Brasil, Manaus, AM, 1995.

Projetos de sua autoria

Giovanni Corrêa Queiroz está execendo o 5º mandato como deputado federal, é Líder do PDT na Câmara dos Deputados e é considerado um dos 10 parlamentares mais influentes do Brasil. Seu reduto eleitoral é a região do pretenso Estado do Carajás.

Comentários

Anônimo disse…
O ESTADO DO TAPAJÓS JÁ EXISTE , EMANCIPAÇÃO JÁ.

Comentário: Keiko Hirashi


A falta de respeito é tão grande que somos tratados como uma esposa cansada de apanhar e que pede separação:
O governo vem aqui com “flores e presentes” fingindo nos valorizar para nos fazer voltar atrás em nossa decisão de emancipar o Estado do Tapajós.
Não é um ato de generosidade que faz de um avaro um generoso.
O estado do Pará teve centenas de anos para nos valorizar.
Nós nos valorizamos e somos mais do que “interior”.
Já somos Tapajonenses em nossos corações.
O Estado do Tapajós já existe.
Só precisamos que isso seja oficialmente reconhecido.
Queremos o direito de nos desenvolvermos, de caminharmos com nossas próprias pernas.
E sinceramente, se a emancipação fosse para benefício de nossa elite, o que não é, prefiro a elite daqui do que a de Belém.
Pelo menos a daqui eu vou poder fiscalizar e cobrar.
Aquela que fica a mais de 800 km é mais difícil.
A assembléia legislativa do Pará tem poucos representantes do oeste do Pará.
Com a emancipação teremos 100% de representantes da região:
Garantia de legislação voltada exclusivamente aos nossos interesses.
E ainda, duvido que tenhamos tanta gente assim em nossa elite que dê conta de todos os cargos públicos, quem vai governar este estado serão representantes do povo, com certeza.
Quem defende esse pensamento de interesses elitizados por trás da emancipação, não sabe do que está falando.
Seu discurso é medíocre e não deve ser levado em conta.
A emancipação será a solução para nossos problemas com certeza.
Não a curto prazo, mas será.
Solução até para o Novo Pará.
Quem sabe seremos uma opção de crescimento para os belenensens cansados da violência e desemprego da capital.
Anônimo disse…
TEMOS QUE NOS DEDICAR DE CORPO E ALMA NESSA CAMPANHA OU VAMOS MORRER NA PRAIA.

A pesquisa da manipulação
Lúcio Flávio Pinto

A pesquisa encomendava por O Liberal ao Vox Populi incluiu mais dois temas. Um, foi a divisão do Pará. A pergunta feita (a todo o universo e não apenas aos moradores da capital) foi: “De maneira geral, como você avalia a possibilidade de o Pará ser dividido em três Estados?”. Considerando a margem de erro, houve empate técnico e qualquer prognóstico seria temerário: 33% acham que a divisão é negativa, 31% a consideram positiva e 29% não sabem ou não responderam.

No cruzamento por região, 57% da população de Belém acham a divisão negativa, contra apenas 9% de positivos e 29% de indecisos. Mo interior, surpreendentemente, apenas 37% do interior aprovam a criação dos dois novos Estados propostos, 26% são contra e 29% estão indecisos.

Já diante da pergunta seguinte (“Sabendo que uma das etapas desse projeto é a realização de um plebiscito com a população paraense, qual seria o seu voto?”), a oposição ao retalhamento na capital sobe para 67% e a posição favorável no interior chega a 43%, reduzindo-se a margem de indecisos para 20% e 22%.

Que conclusão tirar desses números? Que a pesquisa é de pouca valia para aferir a disposição do eleitor que irá votar no plebiscito de 11 de dezembro. Porque não pondera os resultados pelo peso eleitoral do interior ou da capital. Não basta indicar os resultados da sondagem em Belém e no interior se não está acrescentado o percentual de cada uma das partes no colégio eleitoral. Mesmo se considerado apenas o interior, a pesquisa teria que ser subdividida entre os dois Estados propostos (Tapajós e Carajás) e o restante do interior, com as devidas ponderações.

O erro é elementar. Espanta que o Vox Populi o cometa. Mas não surpreende, sabendo-se quem é o cliente. Os objetivos de O Liberal são utilitários. Talvez por isso o responsável pela encomenda tenha levado dois meses para divulgar a pesquisa, preparando bem a fórmula. Ela teria que atender o outro objetivo, de atingir o governo de Simão Jatene. Quanto a este quesito, a pesquisa parece bastante convincente. Por um detalhe simples e evidente: coincide com a realidade perceptível empiricamente.

Verifica-se que o novo governo é mal avaliado em todos os setores sociais, por ordem de gravidade: saúde, segurança pública, educação (estrutura física das escolas) e emprego. Mas verifica-se também que enquanto esses segmentos são considerados críticos em Belém, o interior sente mais a falta de estrada e de apoio à produção do que, evidentemente, a capital. Os problemas sociais nos ermos paraenses já fazem parte da rotina do abandono, por isso os índices de críticas são menores. Mas não tanto que não imponham o problema espacial do Pará como vital, saiam ou não os novos Estados. Se o Pará voltar a ser o mesmo depois do plebiscito, a situação só vai piorar.
Anônimo disse…
O ESTADO DO CARAJÁS E TAPAJÓS DEVE DEIXAR DE SER DEBATIDO EM GABINETES E PARTIR PARA A CAMPANHA JUNTO AO POVO SOFREDOR DO PARÁ.

Comentário: Paulo Betim

Acho perda de tempo tentar convencer esses radicais xiitas que são contrários a divisão do Pará.
Temos que deixar de ser demagogos e deixar de fazer campanha em gabinetes fechados. Resta pouco mais de 2 meses para a votação. Não há tempo para debater o que já temos nossas convicções e não vamos convencer a tropa de Zenaldo Coutinho e outros egoístas que querem ver o Pará grande só no mapa, só no papel, queremos um estado grande em desenvolvimento e isso se dará com a descentralização e a criação de três novos estados.
Para isso temos que partir para as ruas, para o povão, para o eleitor, são eles que decidiram o plebiscito, chega de debater com pessoas que não irão ceder, vamos partir para a campanha nas ruas, de porta em porta. PRECISAMOS DO POVO NESSA EMPREITADA E NÃO DE DEBATES QUE IRÃO NOS LEVAR A MORRER NA PRAIA. O PLEBISCITO É MATEMÁTICO, É CONTAGEM DOS VOTOS, POR ISSO CADA VOTO DE NOSSA GENTE SIMPLES E SOFREDORA É IMPORTANTE.
Anônimo disse…
ALERTA AO ESTADO DO CARAJÁS E TAPAJÓS.

Em Belém taxis, órgãos públicos, escolas e faculdades públicas e particulares (dentro das salas, inclusive) estão todas adesivadas com o NÃO. Praticamente todos os ônibus têm um adesivo na entrada, no para-brisas ou no interior. Esse tipo de manifestação é proibida pela legislação eleitoral, porém não há qualquer vontade de fiscalizar, o MP eleitoral se faz de cego e os responsáveis pelos comitês do SIM também nada fazem. Maia e Queiroz precisa saber que, se de um lado a improvável vitória do sim pode torná-los heróis, o fracasso pode arruinar suas carreiras políticas. Mãos à obra!

SIM AO DESENVOLVIMENTO

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