O parlamentar afirma ter recebido documentos do Sindicato Rural de Redenção (PA) que comprovam a existência de um movimento articulado de invasões de terras, que tem gerado um "verdadeiro clima de terror" no sul do Pará.
Grileiros organizados
Segundo Caiado, há grupos de grileiros, extremamente bem organizados, que têm aliciado famílias com a promessa de terra fácil. "A ousadia dessas pessoas é tamanha que chegam, inclusive, a distribuir material publicitário conclamando as invasões, que, segundo eles, se estenderão por regiões como Cristalino, Cangaia, Serra Azul e as cidades de Pau D'Arco, Floresta do Araguaia, Conceição do Araguaia e, principalmente, Redenção", diz o parlamentar, sobre as denúncias do sindicato.
Caiado afirma que a ordem é que as pessoas acampem nas proximidades das fazendas, para apoiar grupos armados que tomam a dianteira nessas ocupações, ameaçando e expulsando funcionários, depredando benfeitorias, abatendo animais dessas propriedades e, em muitos casos, até mesmo extorquindo os proprietários.
Fronteiras e índios
O deputado destaca também que a comissão já tem debatido a questão da demarcação de fronteiras e de áreas indígenas. Recentemente, disse, surgiram na imprensa denúncias de fraude na demarcação de terras de quilombolas, além das denúncias do sindicato. "Não podemos adiar a convocação do ministro da Justiça, para que possamos discutir, nesta comissão, a situação gravíssima por que passa o meio rural brasileiro", declara.
A audiência terá início às 10 horas, no plenário 6.
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Reportagem - Vania Alves
Edição - Renata Tôrres