O amigo-problema de Ciro
O homem de confiança de Ciro Gomes é acusado de cometer fraude no Banco do Nordeste. Até que ponto isso atrapalha suas pretensões presidenciais?
ANDREI MEIRELES E MATHEUS LEITÃO, DE FORTALEZA
‘‘Você está querendo fazer ilação. Querem dizer que houve essa assinatura, mas não houve’’ VICTOR SAMUEL PONTE, diretor do Banco do Nordeste. Primeiro, negou ter assinado o contrato com a Frutan. Depois, admitiu |
Duas semanas atrás, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, telefonou ao deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para relatar que aplicaria uma punição a um amigo de infância de Ciro. Mantega mandara abrir um processo administrativo contra Victor Samuel Cavalcante da Ponte, diretor de administração do Banco do Nordeste. O motivo de tamanha cautela com a situação de um funcionário periférico é a forte ligação entre Ciro e Ponte. Os dois são amigos desde o tempo em que moravam em Sobral, no interior do Ceará.
Seus pais eram aliados na política regional. Ponte está no Banco do Nordeste na condição de apadrinhado político de Ciro. Nas eleições do ano passado, ele era o responsável pela arrecadação de recursos para a campanha a deputado de Ciro e de seu irmão, Cid Gomes, ao governo do Ceará. Homem de confiança de Ciro, Ponte enfrenta mais que o processo administrativo do Banco do Nordeste. É investigado também pela Controladoria-Geral da União e pela Polícia Federal por suspeita de fraude no Banco do Nordeste.
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