Pelos vistos, tudo corre mal no mundo dos jornais. Os números de 2005 mostram uma quebra do sector, com excepção, claro, dos diários gratuitos. Críticas oriundas de vários azimutes (Pacheco Pereira, Baptista Bastos, Vicente Jorge Silva) apontam para uma degradação do jornalismo escrito, radiofónico ou televisivo. A imprensa anda presa entre dois fogos - a falta de leitores e a incapacidade em legitimar o seu papel. O problema é que a imprensa, em particular a escrita, continua a fazer falta. Haverá uma porta de saída?
A lead acima apresenta a opinião de Miguel Gaspar enquanto editor executivo do Diário de Notícias com sede em Portugal (UE), que você poderá ler aqui.
"Como pensar a crise da Imprensa sem repensar o jornalismo?", trata-se de outra reflexão sobre o assunto, leia.
Acerca da relação entre os jornais, a net e a blogosfera, eis a visão de Clara Ferreira Alves:
"Os jornais ainda não encontraram a fórmula para combater os seus dois inimigos, a televisão e a net, incluindo esse novo mundo da blogosfera, que será em breve um velho mundo e sofrerá o seu backlash. A blogosfera é um saco de gatos que mistura o óptimo com o rasca e acabou por tornar-se um prolongamento do magistério da opinião nos jornais. Num qualquer blogger existe e vegeta um colunista ambicioso ou desempregado ou um mero espírito ocioso e rancoroso. Dantes, a pior desta gente praticava o onanismo literário e escrevia maus versos para a gaveta, agora publicam-se as ejaculações. Mas, sem querer estar aqui a analisar a blogosfera e as suas implicações, nem a evidente vantagem dessa existência e da qualidade e liberdade que revela por vezes, destituindo do seu posto informativo os jornais e televisões aprisionados em formatos e vícios, o resíduo principal de tudo isto é que os jornais mudaram, e muito, e mudaram muito rapidamente. Parafraseando Pessoa na hora da morte, We know not what tomorrow will bring" (traduzido pelo bloger: "Nós não sabemos o que amanhã traremos").
Comento: Talvez resida nas apropriadas observações conectadas nos dois artigos acima, uma das razões do crescimento espantoso da leitura de BLOGS especializados, que utilizam uma linguagem que desperta mais o interesse do leitor.
"Como pensar a crise da Imprensa sem repensar o jornalismo?", trata-se de outra reflexão sobre o assunto, leia.
Acerca da relação entre os jornais, a net e a blogosfera, eis a visão de Clara Ferreira Alves:
"Os jornais ainda não encontraram a fórmula para combater os seus dois inimigos, a televisão e a net, incluindo esse novo mundo da blogosfera, que será em breve um velho mundo e sofrerá o seu backlash. A blogosfera é um saco de gatos que mistura o óptimo com o rasca e acabou por tornar-se um prolongamento do magistério da opinião nos jornais. Num qualquer blogger existe e vegeta um colunista ambicioso ou desempregado ou um mero espírito ocioso e rancoroso. Dantes, a pior desta gente praticava o onanismo literário e escrevia maus versos para a gaveta, agora publicam-se as ejaculações. Mas, sem querer estar aqui a analisar a blogosfera e as suas implicações, nem a evidente vantagem dessa existência e da qualidade e liberdade que revela por vezes, destituindo do seu posto informativo os jornais e televisões aprisionados em formatos e vícios, o resíduo principal de tudo isto é que os jornais mudaram, e muito, e mudaram muito rapidamente. Parafraseando Pessoa na hora da morte, We know not what tomorrow will bring" (traduzido pelo bloger: "Nós não sabemos o que amanhã traremos").
Comento: Talvez resida nas apropriadas observações conectadas nos dois artigos acima, uma das razões do crescimento espantoso da leitura de BLOGS especializados, que utilizam uma linguagem que desperta mais o interesse do leitor.
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