Novos nomes da Operação Sanguessuga

Uma nova lista de deputados foram acusados por Maria da Penha Lino, a asessora do Ministério da Saúde presa pela PF por envolvimento com a quadrilha das ambulâncias: Kátia Abreu (PFL-TO), Ênio Tatico (PTB-GO) e Coriolano Sales (PFL-BA).
A notícia envolve o Pará, que além do deputado Raimundo Santos (PL) agora acrescenta o nome da deputada Ann Pontes (PMDB), surpreendendo à todos aqui na Câmara dos Deputados.
Um parlamentar do PT de outro Estado, partido que até agora não estava envolvido no escândalo, foi citado pela assessora.
Segundo a Revista Época, a assessora acaba de prestar um depoimento explosivo à Policia Federal em Cuiabá (MT), para onde foi transferida ontem à noite.
Ainda segunda a revista, para entregar o esquema, sua intenção foi conseguir os benefícios da delação premiada. Ela contou que, em 2004, a quadrilha conseguiu que cerca de um terço dos deputados federais participasse da venda de emendas ao Orçamento na área de Saúde. Funcionava assim: o deputado emplacava uma emenda e, antes mesmo da liberação do dinheiro, recebia 10% de seu valor nominal. Maria da Penha revelou que o dinheiro era levado para os gabinetes do Congresso em malas, cuecas e meias. Citou o nome de 80 deputados que participaram da maracutaia – entre eles, o do petista João Grandão (MS). Outros envolvidos por ela no escândalo são os deputados Ann Pontes (PMDB-PA), com forte atuação no Conselho de Ética, Jovair Arantes (PTB-GO), Almerinda de Almeida (PMDB-RJ), Carlos Dunga (PTB-PB), Feu Rosa (PP-ES), Inaldo Leitão (PL-PB). Maria Penha fez questão de excluir a deputada Denise Frossard (PPS-RJ): “Pelo amor de Deus, essa mulher é séria”. Maria da Penha contou também à PF que, em dezembro de 2005, mesmo depois de encerrado o prazo para empenho de emendas, o senador Ney Suassuna foi ao Palácio do Planalto e conseguiu a liberação de R$ 1,6 milhão para o IPPS, Instituto de Pesquisa e Promoção de Saúde que atua em vários Estados. Logo depois, o Ministério da Saúde foi surpreendido com um novo ofício atribuído ao senador elevando o valor para R$ 3,5 milhões. O papel foi entregue pelo empresário Luiz Antônio Berdoin, um dos chefões da quadrilha. Como não havia previsão orçamentária para a liberar do dinheiro, o Ministério entrou em contacto com Suassuna. “Assinei sem ler”, teria justificado o senador.Outra fraude denunciada por Maria da Penha ocorreu em São Paulo. Em 2004, os deputados Giberto Nascimento (PMDB-SP) e Jefferson Campos (PTB-SP) liberaram respectivamente R$ 1,9 milhão e R$ 1,3 milhão para uma Oscip que não atua na área de saúde. O dinheiro também era carimbado para a compra de ambulâncias. Segundo Penha, tiveram que criar um artifício para dribrar a proibição legal de liberação de dinheiro durante a campanha eleitoral.
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