Polícia para quem precisa de Polícia

Em Editorial em sua última edição, o Jornal Opinião (leia aqui), editado pelo jornalista João Salame em Marabá, em respeito a seus leitores e anunciantes, coloca com muita propriedade, as razões pela qual levou o trisemanário publicar matéria denunciando suspeita de ocorrência de corrupção nos quadros da Polícia Civil naquele município que há décadas tenta, no conjunto de sua sociedade, livrar-se da pecha de 'Terra sem Lei", "Paraíso da Pistolagem", ou o que mais dói em seus filho natos, naturalizados ou adotados: "MARA BALA".
Apenas uma correção, o escândalo envolvendo um delegado e 10 investigadores pegos com a mão-na-botija, não teria sido revelado sem o trabalho desassombrado da Imprensa, com destaque ao próprio jornal em tela.
Não foi salvo engano do poster, o mais deprimente caso de corrupção do município, foi do ESTADO, que não consegue avançar contra, esse sim, desavergonhado avanço da violência que assola aquela promissora região do Pará; tendo à reboque a corrupção policial a corroer-lhe as entranhas com policiais mal pagos, desaparelhados e desmotivados: fórmula ideal para a queda em tentação do dinheiro fácil do crime em todas as suas instâncias.
Avante Opinião!
Do Editor do Blog

EDITORIAL
A polícia que queremos

Matéria publicada na última edição deste Opinião, sobre suspeita de corrupção envolvendo policiais lotados na Delegacia Municipal de Marabá, causou reação exacerbada das autoridades que respondem, respectivamente, pela Corregedoria e pela Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará.
Causou espécie o espírito de corpo explicitado pelas autoridades policiais em questão, que, ao invés de demonstrar preocupação com a possibilidade de atos ilícitos estarem sendo cometidos dentro da instituição que dirigem, optaram por acusar o jornal e o autor da matéria de ‘má-fé e sensacionalismo’, parecendo incapazes de compreender a gravidade do fato noticiado.
É senso comum na sociedade a existência de casos de corrupção policial, não somente no Pará, mas em todo o País. Não são poucas as denúncias que indicam nesta direção e as discussões sobre o assunto são permanentes e acontecem nos quatro cantos da cidade.
Agora mesmo, a Corregedoria de Marabá está apurando o envolvimento de dois investigadores em atos desabonadores para as funções que exercem e, num passado não muito distante, dez investigadores e um delegado foram presos, aqui mesmo em Marabá, no mais escandaloso caso de corrupção policial já registrado no município.
Mais recentemente, um delegado e um investigador de Belém foram presos por tentativa de extorsão contra um comerciante marabaense, em outro caso lamentável de corrupção policial.
A bem da verdade, sabemos que a maioria dos policiais é honesta. Mas é preciso se purificar o corpo policial daqueles que insistem em manchar a imagem da instituição.
Ao tomar conhecimento do bilhete encontrado dentro da Delegacia Municipal, sugerindo atos de corrupção de uma delegada e de outras duas pessoas, não caberia outra atitude ao repórter senão a de levantar a discussão. De forma responsável, o repórter procurou ouvir o superintendente de Polícia antes de publicar a matéria em questão, apesar das negativas inexplicáveis daquela autoridade policial. Uma simples quebra de sigilo telefônico poderá comprovar a ligação feita pelo repórter para ouvir a maior autoridade da Polícia Civil em Marabá.
Quanto ao jornal, seguindo os seus princípios de informar à sociedade e defendê-la daqueles que tentam prejudicá-la, a decisão de publicar a matéria parece-nos a mais acertada.
Entendemos que é preciso jogar luz sobre essas situações nebulosas e investigar a fundo toda e qualquer denúncia ou indícios de corrupção, para expelir a banda podre da força policial. Só assim a verdadeira polícia ganhará o respeito pleno da sociedade, podendo exercer sua sublime missão de garantir segurança à população.
Ao nosso leitor e à sociedade de Marabá, reafirmamos o compromisso de continuar a defender e exercer a liberdade de imprensa. A pluralidade de pensamentos e a liberdade de publicar aquilo que é do interesse coletivo sempre foi a marca do Opinião, nesses quase onze anos em circulação. E continuará a ser, garantindo, inclusive, o direito de resposta daqueles que se sintam ofendidos por quaisquer matérias publicadas em nossas páginas.
JORNAL OPINIÃO

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