Foro privilegiado só se o eleitor quiser

Pertence ao eleitor uma punição aos envolvidos na máfia das "sanguessugas".
Editorial do jornal Correio Braziliense sintetiza de maneira didática para a opinião pública o básico da questão: o foro privilegiado.

Correio Braziliense (DF) - 28/7/2006

Quem não se eleger perde foro

O futuro judicial dos parlamentares investigados pela Operação Sanguessuga que fracassarem nas urnas dependerá da boa vontade do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Depois da eleição de outubro, Souza decidirá entre manter no Supremo Tribunal Federal (STF) as apurações relativas a esses futuros ex-congressistas e pedir a transferência das investigações para a Justiça Federal de Primeira Instância. A expectativa é que o procurador opte pela segunda saída. Estima-se que 88 parlamentares investigados concorram a cargos públicos em outubro.

Como voltarão a ser cidadãos comuns, os atuais parlamentares que não se reelegerem perderão o direito ao foro privilegiado no STF. Seguindo a regra do foro, Souza pediu até agora a abertura no Supremo de inquéritos contra 57 congressistas suspeitos de envolvimento em irregularidades investigadas pela Operação Sanguessuga.

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Comentários

Unknown disse…
Assim é fácil, né amigo? Como se houvesse consciencia, transparencia e acesso à informação.
Empurrar para o colo do eleitor a responsabilidade é descurar das cobranças das comissões de inquéritos e da justiça, que deveriam ser ágeis e isentas.
E não as porcarias que são.
Bom domingo e um abraço.
Mas ainda assim só o eleitor tem efetivamente em curto prazo a prerrogativa de não eleger político corrupto ou que esteja sob suspeita de corrupção.
As demais instâncias têm decpcionado mais do que demonstrado resultados.
É um sinal muito preocupante do tempo em que vivemos.

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