A divisão do Pará é o maior projeto de desenvolvimento do Norte do país

Foto: Val-André Mutran
Na foto, ainda como prefeito de Santarém, Lira Maia participa em Brasília de reunião da Frente Parlamentar para a Divisão Territorial da Câmara dos Deputados.
Em entrevista que ainda nem foi ao "ar" e que será veiculado no programa "EM QUESTÃO" com o deputado federal eleito pelo PFL e ex-prefeito de Santarém Lira Maia, entrevistado pelo apresentador Markus Mutran, respondendo à duas perguntas formuladas direto de Brasília pelo que assina este blog. Maia disse que a divisão territorial do Pará é o maior projeto de desenvolvimento do Norte do país. Confira abaixo:

Deputado Lira Maia. O que o senhor acha do Movimento de divisão territorial do estado com a criação de Carajás e Tapajós?

Lira Maia - Eu considero a Divisão territorial do Pará como sendo hoje o maior projeto de desenvolvimento que se discute no estado, eu confesso a você, Markus, que o primeiro trabalho que eu vou fazer na Câmara Federal, não é em relação ao estado do Pará, mas é no sentido de cobrar um posicionamento do próprio Presidente Lula no primeiro governo, que estabeleceu como meta, fazer o estudo redivisão territorial da Amazônia, e se esse estudo demonstrar que é viável, se dividir e criar novas unidades deverão ser criados. Eu quero começar por aí, pra não ser a mesmice, ah! Eu quero o estado do Pará, eu quero o estado de Tapajós e de Carajás, mas acho que a Amazônia, ela tem espaço muito grande, as distancias são enormes e de qualquer maneira como estratégia de desenvolvimento, é possível é viável, é preciso que se dividam os espaços, o estado de Tapajós e o estado de Carajás são anseios já naturais de regiões, lógico que tem que ser estudados e discutidos acho que a gente tem que fazer um estudo não pelo sentimentalismo, como Belém, e a região de Belém discute às vezes, há vão dividir o Estado, vão rasgar a Bandeira, não é por aí, eu acho que essa discussão tem que ser racional, basta você dizer o seguinte, se dividir o Pará em dois, Tapajós e Pará, você já incorpora no Estado cerca de 60% a mais de recursos transferidos da União, se você pegar e insistir que a região pretende ser do Estado de Tapajós, por exemplo, tenha mais de 30 anos um PIB de 10.5%, você há de convir que a política de desenvolvimento do estado está errada ou então tem que se tomar alguma atitude, então é nesse nível que eu quero discutir o estado de Tapajós, e se nós formos para as universidades, se nós formos pra dentro dos espaços onde hoje são contra, tentar mostrar números suficientes de forma racional, nós temos certeza que vamos ter muitas adesões, então, eu hoje, se você perguntar: Você é a favor da criação do Tapajós, do Carajás do Marajó? Eu diria: Eu sou favorável ao estudo de redivisão territorial da Amazônia, com estratégia administrativa de desenvolvimento. E até uma estratégia de manutenção da soberania da Amazônia, que eu acho que ajudaria também, tem uma discussão na área ambiental, que às vezes as pessoas são contra as áreas, eu acho que a Amazônia não pode ficar em oratório, eu particularmente acho que se nós pegarmos hoje tudo que nós já temos aberto da Amazônia, fizermos um zoneamento econômico ecológico e utilizarmos essas áreas abertas para produzir, sobretudo alimentos, nós teremos uma pujança em termos de volume de produção sem precisar derrubar nenhuma árvore dessa Amazônia, basta que a gente faça política ambiental de forma racional e não de forma emocional. Então eu tenho esses temas para discutir em Brasília, sou totalmente favorável e acho que é uma necessidade, e não necessariamente precisar dizimar a Amazônia para tomar essas atitudes.

O senhor é criticado e reponde alguns processos na justiça por conta de sua passagem como prefeito durante 8 anos em Santarém, gostaria que o senhor comentasse como estão os andamentos desses processos?

Lira Maia – Bom, primeiro quero observar que eu acredito que a grande maioria dos executivos nacionais, aquelas pessoas que exerceram mandatos executivos, hoje respondem processos, até porque na maioria das cidades existem oposições, e o caminho mais curto ao ministério público, é a montagem desses processos, o importante é o final disso aí. Quero dizer que realmente nós temos, até por que temos uma oposição muito forte em Santarém na minha região; nós temos alguns processos em andamentos, todos eles eu respondo com a maior tranqüilidade, até porque eles são iniciativas muito mais por motivação política, do que por alguns delitos que possa a ter vindo do meu governo. Graças a Deus nós tivemos uma equipe afinada, uma equipe que tem direito de errar, lógico, mais que acertou muito mais do que errou, e que agradou à população, tanto é que agradou que nós voltamos com uma votação expressiva, maiúscula, eu digo assim uma votação de três dígitos para Deputado Federal, então tenho a maior tranqüilidade, quero dizer ao colega que fez a pergunta, que não tenho nenhum problema, nenhuma preocupação em relação a isso, lógico que eu respeito a Justiça e tenho certeza absoluta, se a justiça realmente fizer justiça, eu sairei ileso de todos eles, não tenho nenhuma dúvida, muitos deles já foram arquivados, mais não foram poucos, até por que a minha oposição, era a oposição do PT e de outros partidos em Santarém que eram fortes, então transformaram tudo isso em processos, que eu como sou executivo e sou político, tenho de qualquer maneira encarar de frente e atender todas as solicitações e as decisões da justiça, tá certo!? Então estou tranqüilo em relação a isso, quero dizer que tem muitos colegas a exemplo meu que foram prefeitos, governadores, secretários que respondem esses processos em todos os tribunais, Tribunal de Contas às vezes Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal de Justiça, enfim, mas isso não me preocupa tanto, lógico que perdemos um pouco de tempo, temos que dar uma atenção especial a isso, até por que nós temos que respeitar a Justiça, com o tamanho que ele tem, tá certo!? E eu respeito, mais temos a maior tranqüilidade, eu tenho certeza que se o julgamento forem realmente justos, dentro do que a justiça brasileira estabelece os critérios, eu não tenho dúvida que nós sairemos ilesos sem nenhum problema, desses processos.

Comentários

Ricardo Rayol disse…
Resumindo. Querem dividir o Butim para que todos os picaretas possam mamar as riquezas e impostos federais. É óbvio que a divisão do Pará representa o maior projeto de desenvolvimento, da conta bancária de alguns.
Já é assim meu caro, e não sobra nada pro povo que lá vive.
Jeso Carneiro disse…
Val, Lira Maia é picareta. Anti-democrático. Não consegue conviver com as críticas. Para ele, imprensa boa é imprensa amordaçada. Nunca, na história do município de Santarém, abriu-se tantos processos contra jornalistas - todos que lhe faziam oposição - como durante o trágico e de alta dose de rapinagem mandato dele - 1997-2004. Posa de vítima, mas é altamente nocivo aos cofres públicos. Prova disso são os inúmeros processos abertos contra ele e os demais integrantes da República do Cipoal pelo MPF (Ministério Público Federal). Enfim, Lira Maia é rato. Rato de esgoto. Adora os porões, a sombra. Esse é seu habitat.

Jeso Carneiro
Infelizmente, caro Jeso, nosso povo ainda tem muito o que aprender sobre política.
Defendemos a criação do Tapajós, assim como o de Carajás, mas, dai a ser conivente com políticos sob suspeita de maracutaias, esquemas e apropriação do que pertence ao povo, esse espaço jamais concordará.
Que a Justiça faça o seu papel, visto que, nós, militantes da Imprensa, estamos solapados pela censura maniqueísta de um governo auto-proclamado de "popular".
Obrigado pela visita.
Anônimo disse…
Porque não pensam em dividir o Amazonas q. é maior que o Pará? ahi tem coisa preta, estão tentando iludir as pessoas honestas.pois... amor pelo Pará ta na cara que eles não tem.onde andam os prefeitos ,vereadores,e deputados dos estados "injustiçados ao ponto de pedirem divisão de um estado,honesto de pessoas de boa índole" me refiro a paraenses não a políticos

Postagens mais visitadas