O blog enviou insistentemente um pedido de entrevista ao político, porém, sua competente assessoria sequer respondeu a solicitação. São quatro perguntas que não estão na pauta do jornal O Impacto, daí o poster desconfiar que o vice-governador do Pará não deve ter gostado do tom dos questionamentos. Porém, o blog vai continuar insistindo na entrevista. Enquanto isso. Leiam abaixo o que Corrêa tem a dizer.
Odair Corrêa: "Os amazonenses são mais articulados"
Pela Assessoria da Vice-Governadoria
Odair Corrêa, nosso vice-governador, coordenou por 22 anos o comitê Pró-Estado do Tapajós. Na condição de segunda autoridade estadual, participou como convidado de uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Amazonas, na sexta-feira, 10, proposta pelo deputado Sinésio Campos (PT) para debater o projeto do novo Estado. Odair defendeu o plebiscito, proposto pelo deputado *Zé Lima (PA) e já aprovado no Senado em novembro de 2000. O projeto agora está na cabeça da fila na Câmara.
Repórter: Sua participação na audiência pública no Amazonas é uma traição ao seu juramento de defender a Constituição do Pará?
Odair Corrêa: Absolutamente não. A governadora Ana Júlia e eu fomos eleitos para fazer a diferença, pela manifestação livre e soberana da população paraense. Então, agora, não podemos obstar que esse mesmo eleitorado se manifeste, conforme prevê a Constituição Federal em seu artigo 18, sobre a criação de novos entes federativos.
Repórter: Mas o senhor não é vice-Governador do Pará?
Odair Corrêa: Por outro lado, a minha história fala por mim e não posso renegá-la. Durante 22 anos estive à frente do Comitê Pró-Estado do Tapajós. Agora, na condição de vice-Governador, é claro, não posso sair por aí pregando a divisão do Estado do Pará. Mas posso defender, como tenho defendido e defenderei sempre, o direito da população se manifestar plebiscitariamente acerca deste assunto.
Repórter: Por que o movimento é tão forte?
Odair Corrêa: As populações das regiões que pleiteiam a emancipação foram historicamente desconsideradas pelos sucessivos governos do Estado. Eis porque elas desenvolveram esse sentimento separatista. A Governadora prometeu descentralizar o governo que estamos apenas iniciando. Se fizermos isso, acredito que diminuirá o ímpeto emancipacionista. Do contrário, esse sentimento se acirrará mais ainda.
Repórter: Afinal, por que foi realizada essa audiência pública no Amazonas para debater um assunto do Pará?
Odair Corrêa: Nos últimos anos, mais de meio milhão de paraenses da região Oeste e Baixo Amazonas migraram para o Amazonas. Isso aumenta o desemprego e a pressão sobre os serviços públicos do Amazonas. Então, é justo que eles tenham interesse na questão.
Repórter: O assunto tem boa acolhida lá?
Odair Corrêa: Os amazonenses têm se mostrado mais articulados politicamente que nós, paraenses. Eles estão percebendo que a criação de um Estado vai fortalecer politicamente a região. Vamos ter mais um Governador, mais três senadores, mais 10 ou 12 deputados, além de 90 mil empregos. Nosso poder de pressão será maior.
Repórter: Plebiscito em todo o Pará ou só nas regiões diretamente interessadas?
Odair Corrêa: Quais são as regiões diretamente interessadas? O Estado-mãe e a área emancipada? Só um ou só outro? E o entorno, não pode ter interesse? Acho que essa questão deve ser dirimida pelas autoridades competentes. A praxe é que sejam ouvidas as populações tanto da área emancipada quanto a remanescente do território anterior. Seja como for, o que não se pode é impedir que essas populações se manifestem acerca da questão.
Repórter: O senhor é candidato à Prefeitura de Santarém em 2008?
Odair Corrêa: Em hipótese alguma. Não sou candidato a nenhum cargo até 2010. Mas é claro que, como político forjado no município de Santarém, tentarei influenciar o máximo possível no pleito. Vou aguardar o momento apropriado para anunciar de quem será o meu apoio. Por certo, será do candidato que a base aliada da governadora Ana Júlia vier a apoiar.
Repórter: O senhor gostaria de ser Governador do Estado do Tapajós?
Odair Corrêa: Não é este o maior objetivo da minha vida pública. No momento, sou vice-Governador do Pará. Como presidente do Programa Banco do Cidadão, tenho liberado microcréditos em mais 60 municípios, muitos dos quais governados por prefeitos que foram nossos adversários eleitorais. O povo não pode ser penalizado pelo fato de o Prefeito não ser do mesmo grupo político do Governador. Então, quero dizer que se o Estado do Tapajós vier a ser criado, o futuro decidirá.
* Correção do Blog: O projeto é de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)
2 comentários:
Acho que o seu blog foi o único que divulgou esta informação !
Abraços. Parabéns!
O Liberal andou queimando o vice onteontem, garantindo que sua assessoria não consegue a confirmação da presença de ninguém de peso para a festa de seu aniversário.
Se eu fosse o vice ia para Santarém e faria lá a festa de aniversário.
-Ei vice!? Psiu!!!!! É lá que estão teus amigos rapá.
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