Brizola: Tempos de Luta

Dirigido por Tabajara Ruas. Brizola: Tempos de Luta, é um documentário que conta a saga de um construtor de esperanças, de um homem extraordinário para a história política recente do Brasil do século passado.


O blog oferece aos seus leitores, especialmente os que apreciam política, a densidade de uma vida dedicada ao Brasil.

A história de um homem que, em meio ao árido e pobre cenário nacional político atual, fez a diferença e faz falta.



















Resumo do roteiro.


Porto Alegre, 24 de junho de 2004.

Cadetes da Brigada Militar do Rio Grande do Sul conduzem solenemente nos ombros o esquife de Leonel Brizola entre o povo emocionado. O cenário é a frente do Palácio Piratini, sede do Governo do Estado, onde o corpo do ex-governador foi velado. Os tempos de luta de Leonel Brizola haviam chegado ao fim, deixando para a memória da História Contemporânea do Brasil a saga de um construtor de esperanças e condutor de sonhos. Saga que teve início na localidade de Cruzinha, interior do Rio Grande do Sul, quando nasceu no dia 22 de janeiro de 1922, em uma pequena casa de madeira construída pelo seu pai, José Brizola, pequeno agricultor pobre da região.

A partir desta introdução o filme resgata a infância de Leonel Brizola no interior do Rio Grande do Sul, zona rural do hoje município de Carazinho, e seus tempos de adolescente em Porto Alegre. A infância e a juventude de Brizola demonstram o valor da sua condição humana de homem de origem pobre que superou as adversidades pelo seu estoicismo e capacidade de lutar por seus objetivos.

O documentário é desenvolvido cronologicamente por meio de imagens de arquivos e de gravações com depoimentos de companheiros de ideário, de lideranças políticas de ontem e de hoje, de personalidades da cultura, de gente do povo, de jornalistas e historiadores.

No contexto, os acontecimentos que marcaram a vida política do Brasil a partir de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o comando do país ao liderar a Revolução de 30, a implantação do Estado Novo, a eleição de Eurico Gaspar Dutra em 1945, com o apoio de Vargas, que havia deixado o governo em 29 de outubro de 1945, se retirando para São Borja, mesmo assim sendo eleito senador por dois estados e deputado federal por sete estados em 2 de dezembro de 1945, ao mesmo tempo em que um jovem estudante de engenharia da UFRGS chamado Leonel de Moura Brizola ingressa no Partido Trabalhista Brasileiro, recém fundado, iniciando uma vida pública que tem como data emblemática o 24 de agosto de 1954, com o suicídio de Getúlio Vargas e o significado da Carta Testamento.

Cronologicamente é narrada a trajetória política de Brizola, desde quando foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul (1947), prefeito de Porto Alegre (1955 a 1958) e governador do Rio Grande do Sul (1959 a 1962), com destaque para a sua obra de inclusão social por meio da Educação Pública, quando realizou o que foi considerado o maior plano educacional da América Latina na época, uma revolução silenciosa que implantou escolas para o ensino primário, secundário e profissionalizante nos mais recônditos lugarejos do Rio Grande do Sul. É resgatado o seu pioneirismo ao promover a reforma agrária em nível estadual, atendendo a milhares de famílias de agricultores desamparadas e sem terra e transformando imensas áreas de terras ociosas em vigorosas áreas produtivas cujos resultados estão registrados em filmes da época. Seguem-se os episódios da encampação das subsidiárias da Bond and Share e da ITT no Rio Grande do Sul e a posição decidida, lúcida e corajosa de Brizola, quando criou e liderou, em agosto de 1961, o Movimento da Legalidade, que determinou a posse do vice-presidente João Goulart como presidente da República, em razão da renúncia de Jânio Quadros. Uma página que coloca Brizola no patamar somente reservado aos homens e mulheres que constroem a história dos povos.

A tentativa de golpe foi sustada pelo vigor e legitimidade do Movimento da Legalidade. O Brasil comemorava 139 anos de vida independente quando Jango prestou juramento como presidente da República em um sistema parlamentarista, emenda à Constituição instituída pelo Congresso como condição para sua posse. Entretanto, os objetivos golpistas continuaram sendo tramados pelos mesmos segmentos civis e militares, vindo a eclodir em 31 de março de 1964.

A dor do exílio atingiu João Goulart e as lideranças políticas consideradas inconvenientes ao governo de exceção que se instalava pela força das armas. Entre eles, o mais visado de todos: Leonel Brizola, na época deputado Federal pelo Estado da Guanabara, eleito com uma das maiores votações da história eleitoral do País.

O exílio de Brizola durou 15 anos. Mesmo assim, manteve viva a chama de seu ideal político. Conquistou o respeito e o apoio de importantes lideranças mundiais, como Jimmy Carter, nos Estados Unidos e François Mitterrand, Felipe Gonzalez, Olaf Palmer, Willy Brandt e Mário Soares, as maiores expressões da Internacional Socialista da Europa.

Voltando ao Brasil sob a proteção da anistia que já prenunciava o esgotamento do governo militar, enfrentou e venceu os que tentavam impedir o pleno exercício da sua liderança, uniu antigos correligionários, agregou a eles novas expressões políticas e fundou um novo partido, fundamentado nos ideais trabalhistas herdados de Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini e João Goulart.

No Rio de Janeiro, no seu primeiro governo, entre 1983 e 1986, implantou os CIEPs – Centros Integrados de Educação Pública, idealizados pelo Prof. Darcy Ribeiro, vice-governador, um sistema escolar de inclusão social amplamente aprovado pela consciência da população brasileira que Brizola sonhava ver introduzido em todas as regiões do Brasil.

O fio da história é desenrolado pelos acontecimentos e personagens que marcaram todo o período que tem início com a Revolução de 30, passa pela eleição do presidente Juscelino Kubitschek e seu vice João Goulart, em 1955, a construção de Brasília, a eleição de Jânio Quadros e novamente a eleição de João Goulart como vice-presidente, a renúncia de Jânio, a tentativa de impedir a posse de João Goulart, o Movimento de Legalidade, comandado por Leonel Brizola como governador do Rio Grande do Sul, a adoção do parlamentarismo com Tancredo Neves de primeiro-ministro, a volta do presidencialismo a partir de um plebiscito, o Comício das Reformas na Central do Brasil, dia 13 de março, o golpe de 1964, o governo militar, o exílio de Brizola, Jango e de outras lideranças políticas, chegando até a anistia de 1979 no último período do governo militar, a fundação do PDT, o surgimento de Luis Inácio Lula da Silva como líder sindical e fundador do Partido dos Trabalhadores, a eleição de Brizola para governador do Rio de Janeiro, e assim sucessivamente, até o dia 21 de junho de 2004, quando sua morte surpreendeu o Brasil.

Cronologia.

O Rio Grande do Sul em 1922.

A infância de Brizola.

Revolução de 30.

Adolescência e viagem para Porto Alegre.

O início da trajetória política.

A volta de Getúlio Vargas nos braços do povo.

Brizola administrador.

A morte de Getúlio Vargas.

Prefeito de Porto Alegre.

Governador do Rio Grande do Sul.

O plano de Educação “nenhuma criança sem escola”.

As encampações das empresas Bond and Share e ITT.

A Reforma Agrária no Rio Grande do Sul.

1961. Sai JK, entra Jânio.

O Movimento da Legalidade.

Brizola vence os golpistas.

A projeção como líder nacional.

O encontro com Che Guevara.

1964. O golpe militar.

O exílio no Uruguai.

Brizola na Internacional Socialista da Europa.

A Carta de Lisboa.

A volta do exílio.

A perda da legenda PTB e a fundação do PDT.

A campanha e a eleição para o Governo do Rio de Janeiro.

Os CIEPs com Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer.

A campanha Diretas já!

Termina o ciclo de governos militares.

A campanha para Presidente da República.

Governador do Rio pela segunda vez.

Os últimos momentos dos Tempos de Luta.

Os fatos históricos, além do texto narrado, são relatados no filme pelo próprio Leonel Brizola e complementados por depoimentos dos seus irmãos Frutuoso e Francisca, de antigos companheiros de lutas, de personalidades da política, como Luis Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Mário Soares, Dilma Rousseff, Luís Carlos Prestes, Miro Teixeira, Carlos Lupi, Alceu Collares, Vieira da Cunha, Pedro Simon e Aldo Rebelo, e de jornalistas, historiadores e gente do povo. Merecem atenção especial os depoimentos de Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer, parceiros fundamentais de Brizola durante o seu governo no Rio de Janeiro.

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Tão logo resolva os problemas técnicos no blog, postarei o documentário na íntegra.

2 comentários:

telescopionegro disse...

olá,postaremos material desse blog em nosso site http://telescopio.vze.co,particularmente em nosso blog http://jornaltelescopio.blogspot.com
abçs e saudações brizolistas!!
jornaltelescopio@gmail.com

Bruna disse...

Download do Documentário - Brizola - Tempos de Luta - http://fwd4.me/08tS

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