O deputado vê gravidade nas declarações e defende a abertura de uma CPI para apurar o caso.
A Agência Estado diz ainda que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal (PF) vão analisar na próxima semana se cabe abrir investigação para apurar a denúncia do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, de que o PT gaúcho teria usado recursos de caixa dois para financiar a construção de sua sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os dirigentes das duas instituições só retornam segunda-feira do recesso de fim de ano e alegaram, por meio da assessoria, desconhecer o teor e as circunstâncias da entrevista, publicada na última edição da revista Piauí.
Em princípio, a PF não vê na entrevista, isoladamente, fato suficiente para reabrir o inquérito do mensalão, pois não traz fatos novos e trata de um caso já investigado e rejeitado pela justiça em 2001. Por outro lado, o inquérito saiu da esfera policial e, para iniciar nova investigação, a PF dependeria de ter fatos novos relevantes ou de determinação expressa nesse sentido do Supremo Tribunal Federal (STF) ou do Ministério Público (MP).
Parlamentares de oposição pretendem mover uma representação no MP para que o caso seja investigado, no âmbito do processo do mensalão ou em novo inquérito, por considerarem a entrevista de Dirceu uma confissão de crime. Um procurador da república que acompanha o processo no STF, que pediu para não revelar o nome, explicou que a denúncia pode ser investigada só se Dirceu reafirmar perante a Justiça o teor da entrevista.
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