As armas francesas
O leitor Vitor Bonavita não concorda com as críticas à compra dos caças Rafale e do usadíssimo porta-aviões São Paulo, ambos da França. Em sua opinião, os Rafale são superiores aos Grippen suecos e podem ser mais eficientes que os F-18, dependendo do armamento que vier com os supersônicos americanos; e lembra que foi preciso comprar um porta-aviões usado porque construir um novo pode levar dez anos, e até lá a Marinha ficaria sem aviação embarcada.
Outro argumento do leitor é que os Rafale vêm no bojo de um amplo acordo
armamentista com a França, que inclui submarinos e corvetas. OK; só que a Aeronáutica brasileira colocou o Rafale em terceiro lugar numa lista de três. Nenhuma outra Força Aérea do mundo, até hoje, apostou nos caças franceses. E até os submarinos Skorpene (o Brasil comprou quatro, mais o casco de um quinto, a ser equipado com motor nuclear) estão em debate: a Malásia, que já os recebeu, não consegue fazê-los cumprir a tarefa básica de um submarino, submergir.
Mas o contrato foi bem feito: os franceses vincularam o negócio à contratação da empreiteira Odebrecht, sem concorrência, para montar o estaleiro.
Por Carlos Brickman.
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