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O Pó (de-Vídeo) estréia aqui com pé direito

Evidente que o meu Pará transita entre o fétido odor que exala de suas elites encasteladas próximas ao Ver-o-Peso, portanto, bem acima dos, outrora, lampejos de inteligência acreana (com toda a consideração aos nascidos no Acre), ou muito menos forjado por espertinhos contrabandistas safados e agiotas imorais, muito menos escroques da coisa pública ou ainda de traíras embriagados. O Pará é grande como grande é a safadeza dessas gentes perfumadas com odores caros ao bolsos de seus habitantes. É assim desde a Capitania e suas cercanias estão a ficar maiores que a Casa do Barão, ou baronesa, como queiram. Barões e baronesas muito bem penteados, diga-se.

Essa é aturma do lero-lero.

Evidente que o que se tem de bom lá, no Pará, com raras e quase extintas gerações dessa elite, é um povo, como a minha amiga Cristina Moreno adooooora quando escrevo, no bom latim: A solis ortu usque ad occasum (Salmos) - Do nascer ao pôr do sol (aplica-se ao muito trabalhador). Ou seja, um povo prá lá de trabalhador.

O mesmo latim ensina-nos: A fructibus eorum cognoscetis eos - Por seus frutos os conhecereis.

É essa gente que conheço, a outra gente. Gente suada, hospitaleira, como o Dr. Barreto, - gente da melhor qualidade. Guerreiros valentes, um povo único no mundo. Povo ao qual tenho orgulho de ser irmão.

Mas o papo aqui é política e no bom latim ainda: A barba stolidi discunt tondere novelli - O aprendiz de barbeiro aprende o ofício na barba do tolo.

Esse leriado, como bem diz o sensacional Pinduca - a lenda viva, músico de jaez que transita entre o popular e o mais sofisticado arranjo caribenho resultante numa trama de jam session, a moda do que ocorre no jazz americano, além de ser o responsável pela façanha de colocar seus discos de Carimbó na chamada alta roda belemense; numa de suas músicas, ao descrever um tipo parecido com o personagem Rolando Lero, do extinto programa do Professor Raimundo, transmitido pela Rede Globo para todo o país, saiu-se com a mais porrêta sentença que conheço: - Égua! Tú é só lero-lero!!? Num misto de tremenda gozação aliado ao profundo desprezo dedicado ao burros, fracos de espírito e leões de chácara do fracasso.

Mas o pessoal do Carajás não é só lero-leo não senhor, não senhora.

A navalha cegou e agora queremos fazer a barba, para retomar a citacão latina acima.

Vejam só como há em Belém, -e, disso temos certeza, gente de visão, para provar o que digo. Leiam abaixo um olhar de uma dessas exceções; diversa daqueles que se acham os donos da verdade sobre a criação do Estado do Carajás.

Estado de Carajás


Apesar do movimento político para evitar o plebiscito que decidirá sobre a divisão do estado do Pará. Em Marabá, a população já vive como se morasse no estado de Carajás.

Adesivos, out-door's, cartazes e até a bandeira que seria do futuro estado, estão espalhados pela cidade.

No prédio do Palacete do Poder Legislativo, a bandeira de Carajás tremula mais alto alto e bem maior do que a bandeira do estado do Pará.

A imagem acima foi extraída do blog Pó-de-Vídeo, espaço que versa sobre propaganda, negócios, televisão, cinema e futilidades.

- Sequer conheço o titular do espaço. Lembro-me, se não me falha a memória, de uma recomendação do mestre Juvêncio (blog 5ª Emenda), o que convenhamos, é quase uma vaga de mestrado, apesar do professor adorar nos chamar não carinhosamente de "Jack the Stripper".

Isso ocorre, claro, quando ele está de bom humor, naturalmente não no dia seguinte que retorna de sua Cabana Mística na Ilha do Marajó, numa das mais imundas e vagabundas embarcações que os paraenses insistem em tufar o peito e falar: O Turismo aqui é pai d'égua!! Pode vim, tú vai curtir!!! Ou se lascar... seja o que Nossa Senhora permitir à pobre alma que se aventurar por lá. Não é senador Mário Couto? Não é Jaburú? Né não dôto Dorci Mar? Né não?? Mano véio?

O blog acaba de linkar o Pó-de-Vídeo aos melhores da ala ao lado, e ao seu editor esse post é dedicado.

P.S. tardio: Ao editor do Pó-de-Vídeo. Não achamos nada, temos certeza que moramos no Carajás.

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