
Afinal isso aqui é um blog.
No último 3 de setembro completei mais um ano de vida.
Resolvi, na data, analisar-me frente ao espelho. Confesso que tal proposta passou das 16h00.
Notei, ao levantar que há anos não me olhava no espelho; ao contrário, o espelho é que me olhava e nada falava; afora, nas ocasiões em que ele balançava com a velocidade de uma Ferrari, trás a cabeça, findo o corte da juba.
Nunca tinha reparado que, agora, os pelos do peito, inexoráveis como alerta, aviso do destinatário do tempo - sentaram praça à moda de ave que chega.
Ao olhar, notei que tornam-se brancos ao piscar da vista e bravamente não passam de minoria à atenção ao que resta negro.
-Os dentes! Melhor nem falar. Tornam-se um problema de orçamento.
-A visão, surrupiou-me um dinheirão. Agora são dois óculos.
Aos 41 anos de idade, mal feitos de implicância, penso: E agora Val?
O próprio Val responde:
-Livre-se dos dentistas, dos oculistas, do barbeiro; pegue sua mulher e os seus e busque a felicidade!
É o que farei.



