Na dúvida: Desincompatibilização!
Atualmente a lei permite a permanência no cargo, tornando confusa o que são funções do titular do cargo e o que não o são, beneficiando por tabela, o candidato que busca sua reeleição.
O parlamentar paraense raciocinou que, pelo sim, pelo não, caso fracasse o andamento da Reforma Política prometida para a próxima legislatura; seu projeto, garanta o mínimo de condições igualitárias aos concorrentes.
O uso da máquina em campanhas para a reeleição no Brasil, é caso de prisão perpétua (pena jurídica que não existe, mas, bem que já poderia existir no país), tais os abusos cometidos pelos donos do canetão.
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Disputa presidencial desprovida de idéias e propostas
A lógica no Brasil é potoca! Numa campanha eleitoral, quer ela seja para Síndico de Condomínio ou para a Presidência da República, a lógica indicaria que o debate de idéias é o mínimo que o eleitor interessado espera de um debate entre os candidatos em disputa. Ocorre que o contecioso na disputa presidencial escamoteou a apresentação consistente de propostas. No Brasil não.
O que se vê é uma manipulação quase criminosa de manjados recursos de marketing eleitoral onde os candidatos prometem ações que não farão nem se a república caísse e voltássemos aos tempos do Império.
Não consigo, por mais que me esforce, me interessar pela propaganda eleitoral gratuita exibida. Dá nojo! Não se fala uma palavra sobre o que se pretende fazer claramente sobre a reforma política; como será o modelo econômico; como e quando haverá corte de gastos; em que áreas serão priorizadas para os investimentos governamentais com receita própria; se a execução das PPP's saírá das gavetas; e o que os nobres candidatos à presidência pensam como modelo de desenvolvimento para a Amazônia.
É impressionante como poucos cobram essa agenda mínima acima.
Ataques recíprocos inibem debate de idéias
Politicall
Carlos Lopes |
O debate de idéias na segunda fase da campanha eleitoral presidencial não vem atendendo às expectativas e dificilmente vai atender. Em seu lugar, de um lado, maior vigor na cobrança de responsabilidades pelos escândalos recente e mais distantes e, de outro, adoção do terrorismo sobre o que Alckmin poderia fazer na previdência.
A cobrança sobre Lula tende a ser permanentemente feita, embora com ela não se vise nada além do constrangimento do candidato e da indignação do eleitor. Lula lida mal com o tema e não pretende oferecer à bandeja adversária a cabeça de pessoas que chegaram com ele a Brasília. O máximo que dele se extrai é a qualificação de "aloprados" para a turma que se mobilizou para a compra do dossiê ou de "bando de imbecis", como disse na entrevista publicada pelo "Globo" (edição de 12 de outubro).
O terrorismo tem efeito mais abrangente, sendo danoso para o conjunto da sociedade. Há inúmeras ações, como sobre as famílias atendidas pelo Bolsa Família e os servidores públicos, mas o carro-chefe são as privatizações da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Correios, já tendo se falado também na Eletrobrás.
A reação também não é boa e se sintetiza em uma palavra: Mentira! O pressuposto é que se Lula mente nisso mente também em tudo o mais que diz. Além disso, não só Alckmin se compromete a não privatizar, como, indiretamente, Lula está fazendo o mesmo. Será que nem o IRB, que na gestão de Palocci estava sendo preparado para a concorrência e posterior venda?
Na citada entrevista ao "Globo", Lula disse que não privatizaria nem a Vale do Rio Doce nem o Sistema Telebrás. O presidente não deixa de dar razão à privatização quando explica o fato de a Via Dutra (Rodovia Rio-São Paulo) estar sendo bem administrada. Segundo ele é porque o dinheiro que as empresas arrecadam se destina a cuidar da estrada, ao passo que, na administração estatal, esses recursos eram jogados no caixa geral e gastos em outras coisas. Então, tá.
Voltando à reação de Alckmin para se livrar da pecha de potencial privatista, o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA) discorda da nossa avaliação. Para ele, "o Geraldo" está certo em descartar essa pauta, que não é sua, mas do adversário. O deputado, reeleito, afirma que isso não é assunto para se tratar em campanha. Ele demonstra ter mais convicções liberais do que o próprio Alckmin.
Na discussão com as lideranças do PT, Aleluia provoca, lembrando que o presidente Lula foi quem mais assinou decretos incluindo empreendimentos, sobretudo no setor elétrico, no Programa Nacional de Desestatização (PND). Em 2006, até 29 de setembro, foram quatro decretos. Em 2005, três; e em 2004, seis, incluindo rodovias federais.
Vale lembrar que o atual governo também manteve o Conselho Nacional de Desestatização, que é presidido pelo ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e integrado por Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento).
Para José Carlos Aleluia, Lula aprofundou o programa de desestatização. Realizou recentemente o terceiro leilão de energia nova e prevê para novembro a VIII Rodada de Licitação da Agência Nacional de Petróleo.
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Outro clássico que os frequentadores do La Cage adoravam.
Tocava um versão diferente desta.
Ao vivo em Tokio é mais dançante e bem maior, funcionando a contento numa pista de dança
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Saudades do La Cage, onde fui Dj e lancei este, agora, superclássico.
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O mestre em Hey Joe
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Dinheiro para comprar dossiê anti-tucano é fruto de sofisticada operação
O sinal vermelho não apaga no alto comando da campanha de reeleição de Lula. Teme-se que se a PF reunir as provas que revelem a existência de um único centavo dos R$, 1,7 milhão apreendidos for do caixa da campanha presidencial, Lula pode pegar o copo e pedir para sair.
Dossiê: PF diz que há pelo menos 10 órgãos envolvidos
Agência Estado
Ao menos dez órgãos e instituições públicas e o PT estão envolvidos na trama do dossiê Vedoin, revelam investigações da Polícia Federal. O vínculo de entidades, possivelmente na esfera federal, foi descoberto com base na quebra do sigilo telefônico de 150 números. Nos telefonemas, os interlocutores comentam sobre a compra da documentação contra políticos tucanos. Hoje, a PF pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico de mais 100 pessoas, informou o delegado Diógenes Curado, que conduz as investigações.
Ao todo, já são 750 pedidos de quebra de sigilo telefônico para rastrear a origem de R$ 1,75 milhão apreendidos em 15 de setembro, no hotel Ibis, em São Paulo. O dinheiro, em dólares e reais, estava com Gedimar Passos e Valdebran Padilha. A PF pretender esclarecer o escândalo do dossiê antes do segundo turno das eleições.
Novas diligências serão feitas em casas de câmbio, bingos e casas lotéricas em São Paulo a partir de amanhã. Na segunda-feira, o empresário Abel Pereira vai depor às 9 horas em Cuiabá. Na terça-feira, a PF confirmou o depoimento do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, em Brasília.
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Tapajós e Carajás: A luta avança
Fotos: Val-André Mutran

O deputado Asdrubal Bentes (PMDB-MA) propôe e foi acatado pela Mesa da Câmara que reúna todos os projetos relativos à redivisão do País em um só para que seja realizado um plebiscito conjunto, no qual o povo decidirá se é ou não favorável à tese. “A nossa proposição é concreta. Não adianta só falar, temos que agir. Queremos que sejam apreciados em conjunto os projetos e assim teremos uma resposta objetiva”, disse Bentes, reeleito deputado federal pelo PMDB.
Pedidos de urgência

Legenda: Vereador de Santarém entregam quadro da ponte de ligação do Tapajós com Pernambuco, ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, em audiência com a Comitiva Pró-Criação do Novo Estado.
O deputado Zequinha Marinho (PSC-PA) também reeleito para mais quatro anos, mostrou os requerimentos, devidamente assinados por alguns parlamentares, que pedem urgência para a apreciação dos projetos sobre a criação dos estados do CARAJÁS E TAPAJÓS. Ele criticou a discussão que se tem feito na Casa a respeito do assunto. “A Câmara não pode ter medo de debater questões polêmicas. No Senado, que poderia até ser uma Casa mais conservadora, vemos os parlamentares discutindo esse assunto com muita tranqüilidade”, destacou.
O deputado Wilson Santos (PSDB-MT) foi o último a se manifestar durante a Comissão Geral que trata do assuntp. Ele apoiou a criação de determinados estados, mas disse que no caso do Mato Grosso não há necessidade de haver mais divisões, além das duas que a região já sofreu. “Mato Grosso é indivisível”, afirmou. Wilson Santos lembrou que se as 28 propostas de divisão territorial que tramitam no Legislativo forem aprovadas, o País terá mais 672 novos deputados estaduais; 224 novos deputados federais; 84 novos senadores; 560 novos desembargadores; 196 novos conselheiros para os Tribunais de Contas e 560 novos procuradores de Justiça.

Legenda: Deputados federais, prefeitos, vereadores e empresários recebem apoio do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, para a votação das propostas do plebiscito para a criação de novos Estados.
Após o resultado destas eleições, a luta de décadas pela criação de novos Estados, em particular no Pará, deve resultar em significativo reforço, pois, nada menos que cinco deputados federais foram eleitos pelas regiões de Carajás (Sul do Pará) e Tapajós (Oeste do Pará), e cuja realização do plebiscito que permitirá que a população vote se quer ou não a divisão do Pará aguarda apenas decisão política da bancada interessada numa prosáica reunião no Colégio de Líderes.
Parece fácil mas não o é. O Executivo desempenha papel vital nesse processo, e o assunto é sabidamente evitado pelo inquilino do Governo Estadual há décadas, seja qual for a legenda que o ocupe.
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Uma turma pra lá de suspeita
Veja (para assinantes)
O sistema político permite que acusados
de corrupção infestem o Congresso
Heloisa Joly e Victor Martino
Não há modelos perfeitos no campo da política, mas certamente há melhores do que o brasileiro. Ele permite que participantes de crimes se elejam e reelejam, assim como não impõe dificuldade para que figuras folclóricas, como o costureiro Clodovil, tomem assento no Congresso. Entre os eleitos, há sete mensaleiros, cinco sanguessugas e envolvidos em escândalos diversos, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, acusado de corrupção e de quebrar o sigilo bancário do caseiro que o denunciou. Eles voltam ao Congresso porque a legislação é indulgente com os ilícitos cometidos por políticos, conferindo-lhes foro privilegiado e saídas para escapar à punição. Para não falar do espírito corporativo dos parlamentares. Na última legislatura, a Câmara absolveu onze deputados flagrados no mensalão. Os analistas recomendam que se endureça a legislação eleitoral, para que os envolvidos em crimes sejam proibidos de se candidatar. Defendem, ainda, a adoção do voto distrital, em que as listas de postulantes são circunscritas a pequenas regiões, o que diminui a chance de candidatura de figuras suspeitas e bizarras e estreita o vínculo do eleitor com o político eleito. Seja qual for a fórmula, é preciso encontrar alguma para impedir que senhores como os destas páginas integrem o Congresso.
| Lindomar Cruz |
JOSÉ GENOÍNO
Deputado (PT-SP)
Acusações – Ser um dos chefes do mensalão e avalizar os empréstimos fajutos do lobista Marcos Valério para o PT.
Situação jurídica – Responde a inquérito por formação de quadrilha, peculato e corrupção. Embora ainda não tenha sido diplomado pela Câmara, o processo corre no Supremo porque seu inquérito envolve parlamentares. A eleição não muda sua situação. Se for condenado, terá seus direitos políticos suspensos. Como Genoíno não tinha mandato quando os crimes foram cometidos, há dúvidas se a Câmara poderá cassá-lo.
| Agência Estado |
VALDEMAR COSTA NETO
Deputado (PL-SP)
Acusações – Chefiar o mensalão no PL, desviar dinheiro da prefeitura de Mogi das Cruzes e tentar comprar votos durante a última eleição.
Situação jurídica – Boy, como é conhecido, renunciou ao mandato de deputado para não ser cassado. Como foi reeleito, o processo poderá ser reaberto. No Supremo, responde por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Condenado, terá os direitos políticos suspensos. Seu mandato ainda pode ser cassado pelo crime eleitoral.
| Celso Junior/AE |
JOÃO PAULO CUNHA
Deputado (PT-SP)
Acusações – Integrar a quadrilha dos mensaleiros e receber 50 000 reais do valerioduto.
Situação jurídica – Apesar de ter sido absolvido pela Câmara, o deputado ainda precisa provar sua inocência na Justiça. Cunha responde a um inquérito por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro por seu envolvimento no mensalão. Como continua deputado, ele será julgado pelo Supremo. Mas uma eventual condenação por essa instância superior deve levar a Câmara a abrir um processo para analisar novamente a cassação do seu mandato.
| Dida Sampaio/AE |
JOSÉ MENTOR
Deputado (PT-SP)
Acusações – Participar do mensalão e receber 300 000 reais de um doleiro em 2004, em troca da exclusão do nome do meliante do relatório da CPI do Banestado.
Situação jurídica – Embora tenha sacado 120 000 reais do valerioduto, ainda não responde a inquérito pelo mensalão. A acusação de favorecer o doleiro resultou em um inquérito de corrupção passiva que corre no Supremo. Se Mentor for considerado culpado, seus direitos políticos serão suspensos. Sua reeleição não muda o andamento do processo.
| Evaristo Sa/AFP |
ANTONIO PALOCCI
Deputado (PT-SP)
Acusações – Desviar recursos públicos destinados à coleta de lixo de Ribeirão Preto no período em que foi prefeito. Ordenar a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Situação jurídica – A polícia pediu sua prisão por peculato, falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por causa de seu envolvimento nos desvios de Ribeirão Preto. Ele será preso se a Justiça comum deferir o pedido antes de dezembro, quando ganhará o diploma de deputado. Depois, só poderá ir em cana por ordem do Supremo.
| J.F.Diorio/AE |
PAULO MALUF
Deputado (PP-SP)
Acusações – Desviar recursos de obras públicas durante sua gestão como prefeito de São Paulo (1993-1996) e enviar ilegalmente o dinheiro roubado para contas no exterior.
Situação jurídica – Responde a processos na Justiça comum por corrupção, improbidade administrativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Quando for diplomado deputado, a maior parte dessas ações passará a tramitar no Supremo. Como o foro privilegiado não se aplica a ações civis, a ação de improbidade continuará na Justiça comum.
| Bruno Stuckert/Obritonews |
JADER BARBALHO
Deputado (PMDB-PA)
Acusações – Desviar dinheiro do Banco do Estado do Pará, da Sudam e da reforma agrária.
Situação jurídica – O deputado responde a quatro ações penais e a dois inquéritos no Supremo. Os ilícitos que lhe são atribuídos são improbidade administrativa, peculato, crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Como foi reeleito, essas ações continuarão seu curso normal no Supremo. Se for condenado em alguma delas, Jader terá os direitos políticos suspensos e deverá enfrentar um processo de cassação do seu mandato pela Câmara.
| Valter Campanato/ABR |
FERNANDO COLLOR
Senador (PRTB-AL)
Acusações – Ser o principal beneficiário do esquema de corrupção montado pelo empresário PC Farias, o que o levou a deixar a Presidência da República.
Situação jurídica – Sofreu impeachment, o que o tornou inelegível e inabilitado para assumir cargos públicos por oito anos após o fim do seu mandato. O ex-presidente cumpriu a pena até 2002. Em 1994, o Supremo absolveu Collor das acusações de corrupção, porque considerou que as provas inseridas no processo foram obtidas ilegalmente. Ele poderá, portanto, fazer um "trabalho excepcional" no Congresso, de acordo com seu novo amigo, Lula.
| Lindomar Cruz/ABR |
PEDRO HENRY
Deputado (PP-MT)
Acusações – Receber e distribuir mensalão no PP e participar da máfia dos sanguessugas.
Situação jurídica – Pedro Henry foi absolvido pela Câmara no caso do mensalão. Agora, ele responde a um processo judicial sobre sua participação no esquema. Reeleito, continua a ter foro privilegiado. Por isso, o caso será julgado pelo Supremo. Se condenado, seus direitos políticos serão suspensos. A Câmara o julgará no caso dos sanguessugas. Caso seja inculpado, perderá o mandato e ficará inelegível por oito anos.
| Tiago Queiroz/AE |
IBSEN PINHEIRO
Deputado (PMDB-RS)
Acusações – Receber 230 000 dólares da máfia dos anões do Orçamento entre 1989 e 1993, período em que foi líder do PMDB
na Câmara e presidente da Casa. Sonegar impostos por não ter declarado esse valor à Receita Federal.
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Lulla e Collor: A tampa e a panela
Site de Alckmin equipara Lula a Collor
Pedro Henrique França
Estadão On-line
13/10/2006
Página traz trocadilho com o nome do presidente, chamando-o por Lulla, em alusão a Collor
- O site de campanha do candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, traz desde a quinta-feira um artigo que equipara o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ex-presidente Fernando Collor. O artigo, intitulado como "Lula e as lições que aprendeu com o mestre Collor", chega a fazer trocadilho com o nome do candidato petista à reeleição em alusão a Collor, chamando-o de "Lulla".
Um trecho do artigo copiado do site deixa claro a comparação: "De cordeiro a lobo em dezessete anos. Passada a mágoa, Lulla parece ter aprendido muito bem a lição com o mestre Collor, para quem faz juras de amor e é correspondido. Sua campanha exercita diariamente a mentira e o terrorismo eleitoral."
Até o momento, não foi registrada nenhuma acusação dos petistas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o candidato tucano em relação ao artigo.
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Na prateleleira: Lula e Alckmin
| Merval Pereira - A hora do marketing |
| O Globo |
| 13/10/2006 |
A propaganda eleitoral do segundo turno para presidente começou ontem com um tom menos agressivo do que o do debate dos candidatos na Bandeirantes, que foi o centro da disputa política por ter sido o primeiro após o primeiro turno, e ter surpreendido pela "estréia" de um Geraldo Alckmin combativo diante das câmeras. O resultado das pesquisas de opinião não alterou o rumo da campanha do candidato tucano, embora seja previsível que, como se viu ontem, ele tentará calibrar melhor sua postura para não permitir a "vitimização" de Lula, que certamente deu sua contribuição para a queda que Alckmin teve na pesquisas do Datafolha e do Ibope. Lula aprofundou a tática de comparar seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso. Uma parte da queda de Alckmin, porém, foi culpa dos erros da própria campanha tucana, que bateu cabeça na primeira semana após a "vitória moral" do primeiro turno, especialmente devido à extemporânea acolhida ao casal Garotinho. Também o "terrorismo eleitoral" desencadeado pelo PT contra Alckmin, acusando-o de ser o "bicho-papão" que vai acabar com os pobres e os oprimidos, deve ter contribuído bastante para estancar o crescimento do tucano. Tática política execrada pelo PT na oposição, que também já foi apontado como o responsável por todas as mazelas do mundo, o "terrorismo eleitoral" é parte do jogo político convencional, ao qual o PT aderiu definitivamente, sem nenhum pudor. A calibragem dos ataques a Lula deve atender a conceitos técnicos. Há na história do marketing político um caso clássico de campanha de "desconstrução" que se virou contra seu autor, um filmete chamado "Labestida", do famoso marqueteiro americano Dick Morris, para a campanha que elegeu Fox presidente do México. A idéia central era atacar a imagem do candidato Labastida, do PRI, que não tinha entre suas virtudes a inteligência. Foi usado o trocadilho "La bestida" (ou a besta), com uma voz em off perguntando ao eleitor se ele queria que o presidente do México se portasse "desta forma": o filmete mostrava imagens de Labastida no debate ocorrido dois dias antes reclamando, nervoso, desequilibrado, que fora xingado pelos eleitores de Fox, ao mesmo tempo em que mostrava Fox no mesmo debate: pose de executivo, altivo, assertivo, atacando o PRI de modo equilibrado. Os estrategistas do PRI identificaram, através de pesquisas, que havia espaço para vitimizar o próprio candidato, e o eleitorado ficou do seu lado. Fox perdeu três pontos percentuais com essa peça, embora tenha recuperado depois e vencido as eleições. O especialista em marketing político Silvério Zebral, da Universidade Cândido Mendes, atribui ao que chama de "uma oitava a mais" na atuação de Alckmin no debate da Bandeirantes, a queda nas pesquisas, mas considera também que "é só acomodação passageira e os números vão ficar mais voláteis a partir de agora". Segundo o Datafolha, o tucano é considerado "o mais inteligente" e "o mais moderno e inovador", e entre os que assistiram ao debate, aumenta a proporção dos que consideram Alckmin o mais inteligente. Mas, ao mesmo tempo, a maioria o considera também "mais autoritário" e o "que mais defenderá os ricos, se eleito", percepções que aumentam entre os que assistiram ao debate. O tom agressivo de Alckmin em relação à corrupção surtiu efeito: a percepção de que Lula é o mais corrupto dos dois candidatos, que já é maior entre os entrevistados, cresce de intensidade entre os que assistiram ao debate. Para Zebral, não há surpresa nas pesquisas: "Cai-se um pouco entre os que assistiram ao debate, e cai-se mais forte entre os que são capazes de enxergar os ânimos por trás do discurso, os de renda e escolaridade mais altas". Segundo ele, a estratégia correta era mesmo aumentar o tom, pois "se Alckmim não estabelecer o contraste, não 'desbasta' o que resta de apoio a Lula no topo da pirâmide. Se não desbastar 'por cima', não ganha no dia 29, porque desbastar 'por baixo' é contraproducente". Por isso a agressividade será mantida, mas Zebral lembra que "sempre é preciso ter em mente que o lado de lá também joga o jogo". A questão, para Lula, é que se fazer de vítima o tempo todo pode torná-lo um fraco diante do eleitorado. Assim como insistir em que nada sabe, nada viu já se tornou defesa quase ridícula. Nestes últimos 15 dias de campanha eleitoral, os candidatos tendem a errar mais, devido à pressão política. Tanto Alckmin quanto Lula já tiveram que desmentir publicamente assessores graduados, que emitiram opiniões potencialmente capazes de prejudicá-los eleitoralmente. Alckmin desautorizou o corte de gastos defendido por seu secretário Nakano, e Lula disse que, ao defender o fim dos direitos adquiridos numa futura reforma previdenciária, o ministro Tarso Genro não falava em nome do governo. Não é à toa que o presidente Lula anda irritadiço, fustigado pelas perguntas sobre o dossiê contra tucanos, e certamente temendo que novas "trapalhadas" prejudiquem sua caminhada rumo ao segundo mandato. Alckmin, comparando-se ao pugilista marginal Mike Tyson, soa patético. Declarando-se, finalmente, empenhado contra a reeleição, mostra fraqueza e insegurança atrás do apoio dos governadores Aécio Neves (MG), e José Serra (SP). Quando beija a mão de Jader Barbalho ou trata com carinho até excessivo o ex-guru econômico dos militares linha dura Delfim Netto, Lula não sofre um arranhão sequer na biografia para seus eleitores cativos. Quando Alckmin cai na besteira de aceitar o apoio dos Garotinhos, o mundo cai sobre a cabeça. Disputar uma eleição contra um mito politico e ter que desconstruí-lo em público é tarefa quase impossível. A não ser que conte, como no primeiro turno, com a inestimável ajuda dos próprios petistas. |
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