Aos leitores o
poster informa que já está na tranqüilidade da casa dos pais, em Marabá (PA).
Na madrugada da quarta-feira, 3, saímos Lúcia, o Bebê e eu de Brasília, as 5: 15 da madrugada e chegamos as 21:00 hora local (22:00, horário de Brasília).
O plano inicial era que chegando em Palmas (TO), ficaríamos no nosso hotel de costume, a Pousada dos Girassóis, porém, disse à Lúcia que estava bem disposto e que preferiria tocar o carro, caso ela também assim concordasse.
A mudança de planos encorreria alguns riscos. O principal deles, dirigir nun trecho de aproximadamente 164 quilômetros após a travessia do Rio Araguaia, na altura da cidade de Xambioá (TO), divisa daquele Estado com o Pará.
Os temores não eram infundados, até mesmo porque, quem quer que seja o governante da hora e os veículos de comunicação baseados no Pará, insistem em se comunicar através dos caminhonheiros que fazem esse trecho por obrigação profissional. Explico:
São os caminhoneiros que informam as pessoas como estão as estradas e não o governo - e, pasmem! Os veículos de comunicação, como deveria de se esperar.
É notório para quem conhece o trecho de aproximadamente 1.400 quilômetros que separa Brasília (DF), de Marabá (PA), que os que os espera é adrelanila pura, pois, que a civilização moderna termina na margem esquerda do Araguaia, antes mesmo dos motoristas que conduzem carros particulares e motoristas de camihnões e assemelhados adentrarem na balsa que divide os dois estados com o espíritos em puro alvoroço: nunca se sabe o que os espera!
O martírio e aborrecimentos de toda ordem começam justamente na balsa: Um primor de mau atendimento, descortesia de funcionários a beira de um ataque de nervos e uma estrada que é uma das vergonhas do Pará, a BR-222, rodovia, portanto federal e que não passa de uma armadilha muito bem engendrada para causar toda espécie de acidentes, inúmeros com vítimas fatais.
Não adianta também a malograda justificiativa de que o trecho é responsabilidade federal e que os executivos municipais e estadual de poder não possuem qualquer ingerência sobre o trecho.
Os primeiros 76 kms de um total de 164 são uma vergonha que ruborizariam até países em conflito permanente sob saraivadas de bombardeios ou algo que o valha.
Resumo da aventura:
- Enquanto que nas estradas do DF, Goiás, Tocantins e uma pequena parte do Sul do Maranhão, nesse trecho supracitado, o asfalto e suas respectivas sinalizações é um primor; quando o motorista começa a trafegar no Pará, a decepção, os aborrecimentos, os prejuízos, a falta de qualquer tipo de estrutura para socorro, um imenso trecho que na linguagem das telecomunicações é chamado de "Ponto Cego", assustam quem, por ventura, tiver o dissabor de qualquer problema de força maior ao longo de sua viagem.
Lí hoje nos jornais que a governadora Ana Júlia Carepa, teve como primeiro ato administrativo ou simbólico - não importa - de seu governo, o de visitar a Secretaria de Transportes do Estado e se inteirar da real situação herdada do governo anterior em relação às estradas.
Em Marabá, soube que o secretário Valdir Ganzer visitará
in loco alguns dos principais trechos hoje considerados como de calamidade pública.
Fico a me perguntar então:
- Como um governante pode deixar, já que escolheu a opção do transporte rodoviário como o mais viável para o escoamento das riquezas da mais relevante e estratégica região do Estado, nesse estado de abondono em que se encontra?
- Qual o compromisso destes mesmos governantes e a moral que porventuram acham que tem, de maneira a sufocar movimentos como a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós, um antigo pleito dos moradores dessas regiões?
- Como um governante, quer seja ele da era tucana, jaderista, passarinistas e outros que os antecederam, permitir por erros de avaliação grassos, entravar a navegação - essa sim - a grande malha de transportes que Deus nos deu de graça!?
Há muitas possibilidades de respostas para as perguntas acima e o blog gostaria de ouví-los, sob o compromisso de publicá-los aqui, todos os questionamentos.