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Milhas da Varig: troca por passagens tem de ser garantida, diz Procon-SP

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Da Redação (Leia a matéria completa aqui)

A crise da Varig tem tirado o sono de funcionários, diretores da empresa e de integrantes do governo federal, que buscam uma saída para evitar um processo de falência.

Quem também está muito preocupado com a situação da Varig são os clientes da companhia aérea.

De mudança para os EUA em julho, o professor universitário Henrique Luiz Corrêa resolveu mudar os planos da família com medo da falência da empresa. "Nós estamos pensando em mudar a viagem, pois não temos certeza que a Varig vai honrar esse compromisso conosco em julho", disse.

Passageiro da Varig acelera troca de milhas
da Folha de S.Paulo, no Rio (Leia mais)

A Varig já vendeu cerca de 25 mil passagens para a Copa do Mundo na Alemanha, segundo o diretor de marketing da companhia, Faustino Pereira.

A polêmica sobre os rumos da companhia no futuro, especialmente em um ano em que milhares de brasileiros viajarão para acompanhar os jogos da seleção, levou a um aumento da procura por informações na central de atendimento do programa Smiles (fidelização de clientes com acúmulo de milhas).

A dúvida mais freqüente entre os consumidores refere-se às milhas acumuladas.

Segundo informações que circulam no setor de turismo, alguns consumidores têm procurado antecipar viagens e trocar milhas por bilhetes em vôos de outras companhias da Star Alliance (acordo comercial entre 16 empresas que abrange 139 países e 795 destinos) como forma de se precaver contra uma eventual interrupção das atividades da Varig, no caso dos vôos internacionais.

A empresa afirma que não trabalha com a hipótese de interrupção das atividades e não comenta alternativas de procedimento em caso de falência.

O Procon de São Paulo recomenda cautela e destaca que, se a situação da Varig se resolver, o consumidor pode ter feito apenas uma escolha apressada.

Para realizar um vôo para a América do Norte, o cliente do programa precisa acumular 50 mil milhas. O trecho pode ser feito pela Varig ou pela United Airlines, que também é membro da Star Alliance.

Viagens para a Europa exigem 70 mil milhas pela Varig e de 90 mil milhas se forem feitas em trechos executados pelas demais parceiras do acordo: como Frankfurt, pela Lufthansa, ou Lisboa, pela TAP.

No caso de uma eventual falência da Varig, a responsável por gerenciar a situação é a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Caberá a ela dizer qual o procedimento a ser adotado por clientes com passagens da companhia. A agência estuda o que fazer em relação ao programa de milhagem.

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