Foto: Arquivo Val-André
"Recadastramento para regularizar a retomada do garimpo revelou um mar de lama. Coomigasp tem até CNPJ falso"
No Diário do Pará de hoje sobre Serra Pelada
Afastada a direção da Coomigasp
Houve constatação de várias irregularidades como compra de veículos para familiares de diretores.
Foi realizada no último domingo (16) uma assembléia geral da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) que contou com a participação de mais de três mil garimpeiros, onde a maioria dos presentes acabou votando pelo afastamento da diretoria e do Conselho Fiscal por suspeita de irregularidades nas contas da Cooperativa. A assembléia foi convocada porque a comissão de sindicância apresentou dois relatórios de prestação de contas da diretoria, sendo que os auditores responsáveis pela elaboração dos relatórios referentes ao exercício de 2005 da Coomigasp concluíram que existem irregularidades e que essas ocorreram devido a imprudência do técnico da Cooperativa. Notas fiscais sem origem; notas fiscais pagas e não contabilizadas; manipulação indevida de patrimônio; documentação de veículos da Coomigasp em nome de diretores; aquisição de uma moto para a esposa de um diretor, são algumas das irregularidades constatadas nos relatórios.Dentro de trinta dias uma outra assembléia deverá ser realizada para eleger a nova diretoria. Para que isso seja possível foi feita uma nomeação de novos membros dos Conselhos Administrativo e Fiscal. Desta forma, o Conselho Administrativo ficou composto por José Edmilson da Silva, pastor Beni Santos, Antônio Barros da Silva, Geraldo Saturnino de Souza, Sebastião Moreira Menezes, Ademir Rocha da Costa, Dorival Missalhas, Antônio Milhomem, João Lizardo Lima, Gildázio Pereira de Oliveira, Balbino Soares de Sousa; enquanto o Conselho Fiscal terá como membros Wanderlan Pinto, Antônio das Graças, Ana Maria da Silva, Geraldo Teles, José Élio Brito e Raimundo Feitosa.Para Josimar Elízio Barbosa, presidente afastado, o seu banimento é tido como um ato de traição por parte dos membros da comissão de sindicância que foram a Brasília mostrar o resultado dos relatórios que o condenavam, e que acima de tudo, o fato acaba atrapalhando o processo de liberação da lavra de Serra Pelada.
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