A turma do Greenpeace direciona seus esforços, traduzidos em milhares de dólares doados pelas Casas Reais européias, empresas multinacionais anglo-americanas e outros conglomerados, por razões de mercado as quais laicamente representa sob o midiático discurso da preservação ambiental.
Há no processo muito mais em jogo do que o seria a preocupação normal dos interessados locais, no caso das regiões onde a super-Ong atua, e particularmente, onde a soja chegou.
Antes de Santarém, no oeste do Pará, a crise no município de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso é patente.
Segundo reportagem da Radiobrás (
leia aqui) –
Quem anda pelas ruas asfaltadas e arborizadas da cidade de Lucas do Rio Verde, pulverizado no início de março por uma nuvem de agrotóxicos, pode ver os sinais da riqueza produzida pelo agronegócio. Carros e caminhonetes do ano, modernas agências bancárias, comércio variado e grandes silos e armazéns das maiores empresas exportadoras de produtos agrícolas. Prédios públicos novos e bem conservados, postos e centros de saúde, escolas de todos os níveis com amplas e completas praças esportivas e inclusive uma faculdade. O município ocupa o segundo lugar na lista dos maiores produtores de grãos do Brasil, só perde para o seu município vizinho, Sorriso (MT). Lucas tem 25 mil habitantes e uma das maiores taxas de crescimento demográfico do país. Sua população cresce em torno de 12% ao ano. Segundo o índice da Organização das Nações Unidas (ONU), que mede a qualidade de vida, Lucas é o terceiro melhor do estado Mato Grosso, o sétimo melhor do Centro Oeste e o 247o do Brasil. Isso com apenas 16 anos de emancipação político-administrativa. Lucas colheu na atual safra 750 mil toneladas de soja numa área plantada de 230 mil hectares e já plantou o milho da safrinha em 100 mil hectares e ainda tem algodão plantado em outros 6 mil. A chuva de agrotóxicos que a matéria reporta é uma caso isolado. Um erro operacional.
Mas, se a população de Santarém não quiser as vantagens do desenvolvimento oriundo do agronegócio: paciência.
Caso contrário, basta cobrar como santarenos que são, os governos; fiscalização na utilização e ordenamento do solo. A população o faz?
Cadê o Incra? Cadê o Ibama? A Prefeitura está de férias? O governo do Estado em recesso?
Francamente não dá para aceitar que brasileiros, aqueles cooptados pelo Greenpeace, pensam que estão fazendo um bem ao Pará, à Amazônia e ao Brasil.
Que brasileiros são estes? Talvez o sejam só de batismo.
Comentários