Lembo: bandejas de luxo estão sem cocaína
O prejuízo do tráfico de drogas provocado por operações de repressão das polícias Militar e Civil em todo o estado desencadeou a terceira onda de ataques a São Paulo pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital, disse o governador Cláudio Lembo (PFL). "Nas bandejas de luxo já não tem cocaína sendo oferecida. E isso, certamente, cria, na outra ponta, um problema financeiro muito sério. Não estão faturando."Lembo criticou ações do governo federal ao dizer que as ofertas de tropas federais, mutirão judicial e vagas no presídio federal de segurança máxima no Paraná não têm resultados plausíveis para São Paulo. O governador disse que o Ministério da Justiça deveria cuidar mais das fronteiras brasileiras para evitar a entrada de armas que abastecem o tráfico de drogas e as facções criminosas.
As principais opiniões de Lembo sobre o PCC e a crise na segurança pública
Terceira onda"É muito difícil dizer os motivos dessa terceira onda de ataques. Pode ser o interrogatório de um dos líderes da facção, o Dia dos Pais e o indulto, que, em tese, seria negado. Nunca houve essa vontade. E, em terceiro, a prisão de importantes integrantes da facção na Baixada Santista e no ABC. Tudo isso se soma."Prejuízo do tráfico
"Nas bandejas de luxo já não tem cocaína sendo oferecida. E isso, certamente, cria, na outra ponta, um problema financeiro muito sério. Não estão faturando."Surpresa
"Tinha muita escuta telefônica sobre o Dia dos Pais e (suspensão) do indulto. Ia ser uma situação difícil. Mas não esperávamos esse ataque na noite de hoje. Foi algo inesperado."
"Eu diria que ele (o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos) está muito presente em São Paulo. Gostaria que ele estivesse mais presente nas fronteiras do Brasil. Nós apreendemos essa madrugada) uma metralhadora. Isso passa pelas fronteiras. Gostaria muito de ver as nossas Forças Armadas e também a Força Federal isolando o Brasil do contrabando de armas. Se fez muita onda negativa do porte de arma. Mas, na verdade, o porte de arma vem das nossas fronteiras secas. E eu não vejo nenhuma atitude (sobre isso)."Mutirão Judicial
"Diria que R$ 1 milhão para São Paulo não é nada. Gastamos com advocatícios cerca de R$ 200 milhões por ano. São R$ 20 milhões por mês. Portanto, R$ 1 milhão é absolutamente inócuo. Absolutamente figura de imagem sem nenhuma realidade."Factóides
"Eu diria que (prometer R$ 1 milhão) é uma atitude que dá boa imagem, mas não dá uma realidade efetiva. Só que eu não sou homem de fazer notícia sem ter conteúdo. O mutirão judicial é mais uma força nacional sem o efetivo. É irreal."Projetos à união
"Apresentamos projetos de inteligência e de construção de presídios. Há um prazo burocrático (até a liberação da verba). E esse tempo burocrático vai demorar até o final do ano."Vagas em Catanduvas
"Essa é outra das figuras federais. Temos à disposição pelo governo federal um Exército, uma Força Nacional, um mutirão judicial e agora vamos ter também as vagas (na penitenciária federal de Catanduvas)."Exército
"Tenho diálogo muito intenso com o Exército. Demonstrei isso na semana passada, quando o Estado de São Paulo recebeu o helicóptero Cougar. Não há nenhuma posição de vaidade, de arrogância. Ao contrário. Existe diálogo, que nos leva a dizer claramente: deixa a Polícia Militar, a Polícia Civil agindo. (O Exército) Não tem necessidade. Levaria ao desgaste a imagem do Exército. O que eu não quero. O que estou fazendo é para preservar o Exército. Se entrar nessa luta, não será bom para ele. Como já aconteceu no Rio de Janeiro."
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