Secretário acusa associação de PT com PCC

O secretário de Segurança Pública de São Paulo fez acusações diretas da associação entre PT e PCC no caso dos ataques na Capital financeira do Brasil.
O titular do blog assistiu o programa e confessa que não levou susto algum.
Pelos Corredores do Planalto já havia publicado um relatório enviado por um cidadão que reside em Minas Gerais, vazado pela inteligência da PM. Leia aqui.

Saulo insinua elo entre PCC e 'ex-secretário da Marta'

O secretário da segurança Pública, Saulo Abreu, insinuou ontem existir ligação entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o ex-secretário dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT), ao ser questionado se havia motivos políticos para os recentes ataques da organização criminosa. A declaração foi dada à pergunta feita no programa de entrevista ao Canal Livre, da TV Bandeirantes.

Saulo afirmou, sem citar o nome de Tatto, que um inquérito da polícia havia demonstrado a relação entre o ex-secretário petista e integrantes da facção que dominam lotações em São Paulo. Saulo se referiu ainda a Tatto como "o ex-secretário da Marta". O secretário disse acreditar que os ataques do PCC devem continuar até as eleições, pois o objetivo da facção seria prejudicar os candidatos do PSDB.

Em junho, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Tatto sob a acusação de que ele teria facilitado a entrada de integrantes do PCC em uma cooperativa de perueiros de São Paulo enquanto era secretário dos transportes do município. A acusação constava do interrogatório de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, de 36 anos, o Pandora, presidente da Cooper Pam, uma cooperativa de perueiros que atuava na zona sul de São Paulo. Tatto sempre alegou que as suspeitas eram infundadas. No dia 21, a Justiça negou o pedido da polícia de prisão contra Tatto.

Em nota oficial, o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, afirmou que "mais uma vez o PT está sendo vítima de um ato irresponsável". Ele comparou o caso com o seqüestro do empresário Abílio Diniz, quando "tentaram envolver o PT na véspera das eleições". No caso de Diniz, seqüestradores do empresário foram presos na véspera da eleição presidencial de 1989. Policiais civis paulistas foram acusados de obrigá-los a vestir camisetas do PT a fim de que fossem fotografados e filmados pela imprensa.

Em nota, o PT afirmou que toda vez que há período eleitora surgem ilações tentando relacionar o partido com fatos negativos. O PT informou que está estudando as medidas cabíveis que tomará contra Saulo, mas adiantou que pretende processar toda aquele que fizer declarações caluniosos "Vamos tomar as medidas legais cabíveis, como fizemos ao processar o candidato José Serra, quando fez ilações semelhantes", informou a nota assinada pelo presidente estadual do PT, Pauo Frateschi.

A assessoria da ex-prefeita Marta Suplicy foi procurada ontem à noite pelo Estado, mas não foi encontrada.

Fonte: Agência Estado