Pergunta: Como um segurança pago com dinheiro do contribuinte, pode repassar uma fortuna apreendida pela Polícia Federal em poder de Gedimar Pereira Passos, que compraria o dossiê contra Serra e Alckmin?
Assessor de Lula pede demissão após caso do dossiê anti-Serra
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Freud Godoy, que teve seu nome envolvido no episódio da suposta compra de um dossiê contra o ex-ministro José Serra, disse por telefone para a Folha Online que já enviou seu pedido de demissão do cargo de assessor especial da Secretaria Particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seu nome teria sido citado por Gedimar Pereira Passos como o suposto responsável por repassar recursos para a compra do dossiê anti-Serra. "Eu não tenho nada a ver com isso, absolutamente nada", afirmou.
"Faz uns 40 minutos que eu enviei um e-mail para o gabinete do Gilberto Carvalho [chefe do gabinete de Lula] com meu pedido de demissão", afirmou.
Godoy afirmou que vai se apresentar hoje à Polícia Federal em São Paulo, por volta das 17h, para dar seu depoimento sobre o caso e pedir uma acareação com Gedimar. "Eu não sei por que ele colocou o meu nome nisso. Eu somente encontrei com ele umas quatro vezes", disse ele.
Segundo o assessor da Presidência, esses encontros aconteceram há cerca de 30 dias, para tratar de questões de segurança do comitê do PT em Brasília. "Se eu abrir o meu sigilo telefônico, vai ver que tem umas quatro ou cinco ligações, no máximo", afirmou.
"Na primeira vez, eu fui somente apresentado a ele pelo pessoal do PT. Depois, nós tratamos de questões da segurança do comitê. Na última vez, eu somente cumprimentei", afirmou, acrescentando que foram contatos "profissionais e esporádicos".
Ele afirmou que está disposto a abrir seu sigilo telefônico e bancário para facilitar as investigações.
O caso - A PF prendeu em São Paulo na sexta-feira passada Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos. Junto com eles, a PF apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão.
Em Cuiabá, a PF prendeu Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam (acusada de chefiar o esquema sanguessuga) e seu tio, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, Trevisan entregaria em São Paulo um dossiê --fitas de vídeo, fotografias, agenda e documentos-- contra Serra.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que o dinheiro veio do PT. Mais tarde, informou que seu contato no PT era alguém chamado "Freud".
Nota do blog: Alguém está mentindo
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