De passagem pela avenida Ipiranga, há dois dias, acompanhei um diálogo sintomático sobre a sucessão presidencial. Um funcionário terceirizado de uma loja McDonalds e um rapaz de colete que chamava táxis para hóspedes de um hotel nas redondezas conversavam sobre Lula e Alckmin, PT e PSDB. O funcionário terceirizado tinha gravata e crachá e se dizia em dúvida sobre o que fazer em 29 de outubro. O de colete era voto nulo. Os argumentos:
VOTO NULO – Fiquei uma hora na fila do posto de saúde antes de vir Para a cidade. Uma porcaria. Até que desisti e fui embora. Esse PT não toma jeito.
INDECISO – Mas aquele posto não é do PT. É do PSDB.
VOTO NULO – Mas é ruim do mesmo jeito. O PT é bom de corrupção.
INDECISO – É bom?
VOTO NULO – É 100% corrupção. Todo mundo rouba. Não escapa ninguém.
INDECISO – O PSDB não rouba tanto.
VOTO NULO – Como você sabe? O PSDB é amigo de bandido. Fizeram acordo com todos os bandidos.
INDECISO – Mas aí é por causa dos Direitos Humanos. Não pode mais atirar para matar. Então fica ruim. Precisava dar porrada e bater duro.
VOTO NULO -- É por isso que eu já sei o que vou fazer: zero, zero.
INDECISO -- É!
Desencanto do povo brasileiro
Diálogo exemplar sobre a eleição
por Paulo Moreira Leite, Seção: brasil às 11:11:27.

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