PT ADOTA TÁTICA DO MEDO E PSDB DENUNCIA TERRORISMO ELEITORAL
O Estado de S. Paulo
A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva adotou a estratégia do medo. O PSDB acusa o presidente de praticar 'terrorismo eleitoral'. Depois do debate na TV, no qual o desempenho do candidato Geraldo Alckmin foi considerado superior ao de Lula, petistas passaram a atribuir ao tucano a intenção de tomar medidas - como privatizar estatais, não dar aumento ao funcionalismo, deixar de conceder reajuste aos aposentados e acabar com o programa Bolsa-Família - que ele assegura não estar em seus planos.
Lula comanda o ofensiva. '(Alckmin) é aquele cidadão especializado em destruir em dois minutos aquilo que a gente constrói em dois séculos', disse, em encontro com deputados mineiros. O presidente atribuiu ao adversário a intenção de jogar 'um monte de dinamite' nas realizações de seu governo.
A estratégia se espraiou por outras áreas. A filósofa petista Marilena Chaui disse em seminário que a eventual vitória de Alckmin significará a privatização do ensino e a entrega de seu controle a empresas dos Estados Unidos e da Inglaterra. Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central no governo Lula, criticou o economista tucano Yoshiaki Nakano por sugerir, para casos especiais, instrumentos de controle de capitais. Fizeram coro os ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo.
Para PSDB e PFL, a estratégia dos petistas lembra práticas nazistas. 'A campanha de Lula é mentira sem parar', disse Alckmin. Seu coordenador de campanha, Sérgio Guerra, denunciou 'jogo sujo'. Essa alta temperatura se refletirá na propaganda. Os marqueteiros prometem programas apimentados no horário eleitoral, que volta amanhã.
Partidários de Lula acusam Alckmin de preparar medidas duras, que o tucano nega estar disposto a adotar
O próprio presidente comanda a ofensiva, ao afirmar que adversário do segundo turno é 'especializado em destruir'
Nesse clima de guerra, a propaganda eleitoral voltará à TV amanhã bem mais apimentada que no primeiro turno.
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