Brasília - Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (14), o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu a reordenação geográfica do país, especialmente dos estados da Região Norte. Na opinião do senador, a medida promoveria o desenvolvimento das regiões envolvidas. Ele citou exemplos de sucesso de estados criados com a divisão de outras unidades da Federação, como Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Mozarildo informou que será realizado em Marabá, no Pará, um evento para discutir com a população a criação do estado de Carajás, mediante plebiscito. O parlamentar registrou que projeto nesse sentido tramita há anos na Câmara dos Deputados.
O senador acredita que não é possível pensar em ser um país desenvolvido com a atual divisão de estados que o Brasil tem. Lembrou que os Estados Unidos, com território semelhante, conta com 50 estados, traçados à régua, e que o Brasil tem apenas 27.
- Se olharmos o mapa do Brasil, veremos que falta planejamento para objetivar o desenvolvimento. Não é possível pensar em desenvolvimento harmônico com a atual divisão do Brasil - afirmou.
Para Mozarildo, é preciso aproveitar os movimentos espontâneos de divisão que surgem nos estados. O senador lembrou os benefícios que Roraima conseguiu depois de se transformar de território em estado, como a criação de universidade federal e de escola técnica.
Em aparte, o senador Mário Couto (PSDB-PA) destacou que qualquer divisão territorial a ser feita no Pará será decidida por plebiscito. O senador afirmou que há projetos para dividir o estado do Pará em quatro outros estados, o que é "muito e preocupante", na opinião dele. O senador Augusto Botelho (PT-RR), também em aparte, defendeu a criação de estados menores.
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