ARTIGO: 65 anos do Banco da Amazônia

Companheiros e Companheiras,

O Banco da Amazônia completa nesta segunda, dia 9, 65 anos. Um momento rico e ímpar em que o Banco vive um bom desempenho operacional, que é um momento de bons e necessários debates.

A Amazônia, maior região do país, mas que apresenta uma variedade muito grande de paisagens; ecossistemas que devem ser conservados; núcleos populacionais com tipicidades diferentes, precisa mais que nunca que o Banco da Amazônia seja fortalecido para, respeitando essas diversidades, atuar firmemente em busca da melhoria da qualidade de vida desses habitantes, perseguindo um genuíno desenvolvimento econômico, social e com sustentabilidade. Para gerar desenvolvimento com crescimento efetivo.

Somente uma instituição com as características do Banco da Amazônia, se aventurará a fazer-se presente naquelas áreas mais carentes e que necessitam de maior apoio para seu progresso, algumas onde os índices de desenvolvimento humano apresentam valores africanos.

Também somente um banco público regional poderá alterar suas políticas a partir do clamor da sociedade, o que não ocorreria com a rede privada ou com os dois grandes bancos federais nacionais. Referimo-nos aos Gritos da Terra, que impulsionaram o apoio à agricultura familiar. Porém muito ainda há por ser feito, como por exemplo, o repúdio a cultivos devastadores e sem finalidade para a população da região, como é o caso da soja.

Desse modo, conclui-se pela necessidade de se lutar tenazmente contra qualquer iniciativa que reduza os recursos e a capacidade de atuação, tanto do BASA quanto do BNB, como é o caso do Projeto de Lei de autoria do deputado Zequinha Marinho, em tramitação na Câmara Federal, que se aprovado desviará verbas dos Fundos Constitucionais de Financiamento para o Banco do Brasil, o que iniciaria um processo de erosão dos dois bancos regionais (Banco da Amazônia e Banco do Nordeste).

No discurso de abertura do ENEB- Encontro Nacional dos Empregados do banco da Amazônia, em nome da diretoria da AEBA, reafirmei que não existe banco forte com empregados desmotivados. Que é preciso ousadia da diretoria do Banco da Amazônia para vencer obstáculos colocados à frente dos empregados, tais como: solução da CAPAF sem a perda de direitos. Também, que o novo Plano de Cargos e Salários não fique apenas na intenção. Que se traduza em gestos claros, objetivos e urgentes. Isso é sustentabilidade social do grupamento empregados. E de todos, com isonomia para todos e não apenas para este ou aquele grupo.

Então, no entendimento da AEBA, é preciso ter um impulso de sustentabilidade que seja inclusivo e que abranja todos os empregados.

E como precisamos orar e vigiar o tempo inteiro, também não podemos descuidar um só minuto de que o nosso Banco da Amazônia, que passou por tantos sobressaltos, pode vir a ser encampado por outro banco público, no caso, o banco do Brasil.
Assim como fizemos valorosamente no passado, a AEBA continuará desempenhando o papel de articuladora e mobilizadora da sociedade na defesa deste grande instrumento de crédito e desenvolvimento que é o Banco da Amazônia. A AEBA continuará sendo peça de resistência e luta tanto para o fortalecimento do Banco, como de seus empregados e do povo amazônico.

Por fim, companheiras e companheiros, não nos esqueçamos nunca que o banco da Amazônia está no coração da Amazônia.

Vive e pulsa em uma das regiões de maior biodiversidade do planeta.
Então, este Banco terá, obrigatoriamente, que estar vinculado à agricultura familiar, ao desenvolvimento humano e solidário, ao financiamento de projetos que incluam o homem e a mulher do campo, os pequenos agricultores, as cidades e não os projetos de monocultura que devastam o meio-ambiente como esmagam o emprego, a renda e a esperança, a crença.

O Banco da Amazônia não é um banco qualquer. É efetivamente aquele que chega nos lares amazônicos e brasileiros levando o crédito e o conforto, o desenvolvimento e vai criando laços de solidariedade entre os povos. Não pode, portanto, financiar o trabalho escravo, o trabalho infantil, a devastação e barbárie. Porque, ao gerar desenvolvimento, o Banco da Amazônia gera sustentabilidade do planeta e das mulheres, homens e crianças que aqui habitam. Habitam e precisam viver com muita dignidade.

Neste dia em que o banco aniversaria, a AEBA faz votos para que o Banco da Amazônia continue e aprofunde o caminho da inclusão, do desenvolvimento das famílias e do crescimento dos muncípios e dos povos. Respeitando as tradições, as identidades culturais e reafirmando a soberania do nosso povo e do nosso país.

A sustentabilidade exige que o sistema financeiro como um todo - isto é, todos os bancos - participem ativamente do desenvolvimento com crescimento. E que o banco da Amazônia cada vez mais atue como linha de frente no desenvolvimento com crescimento. Que não ceda jamais à tentação da concentração de capital como missão e sim, que amplie os financiamentos para atividades que promovam o desenvolvimento, criem laços de solidariedade, aumentem o emprego, gerem emprego, renda e concretizem sonhos.

A AEBA não concorda que qualquer banco dê créditos e financiamentos para projetos que sujam nossos rios, aumentam a derrubada das florestas, diminuam o emprego e sujam o planeta.

A AEBA tem a convicção de que o banco da Amazônia aumentará a concessão de créditos e financiamentos para promover a inclusão social e melhorar a vida do povo amazônico e do povo brasileiro. Pois o Banco da Amazônia, que hoje está no berço, tem a semelhança do seu povo.

Parabéns aos empregados da Regional de Santarém, parabéns ao banco da Amazônia. Longa vida ao Banco da Amazônia, patrimônio da Amazônia e do povo brasileiro.

Sérgio Trindade - presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA)

Comentários

Quem não sujar os rios amazônicos com os seus excrementos mal-cheirosos, a atmosfera com os gases tóxicos de seus cigarros e veículos, o continente com os seus lixões tecnológicos e impermeabilizar as vias urbanas com os seus asfaltos contaminados, que atire a primeira pedra.

Quero crer, que se trata de uma nova espécie de imaculados “homo querubinus” da Paz Verde – Green Peace – que residem nas nuvens celestiais e defecam chocolate e urinam água mineral e nos seus vôos rasantes sobre a terra atacam navios no terminal de Cargill.

Na verdade, sem se dar conta, o insigne extra-lúcido está declarando o seu ódio contra os milhões de reles mortais que habitam as centenas de cidades, pequenas, médias e grandes que sujam os nossos rios com os seus fétidos dejetos sanitários, entre quais, ele próprio, que certamente, reside em uma destas.

Isso é que dá – utilizar-se de uma instituição financeira tão importante - para fazer proselitismo político e ambientalismo basbaque.

A urbanização e a exploração econômica dos recursos naturais de uma nação são fenômenos absolutamente normais do nosso tempo e têm a haver com o aumento da expectativa de vida e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, que certamente também resolverão essas questões ambientais.

O Basa não pode se arvorar de palmatória do mundo ou realizar as tarefas do Ministério do Trabalho ou dos órgãos ambientais, combatendo o trabalho escravo e infantil e muito menos, discriminar clientes fazendeiros, sojicultores, pecuaristas, madeireiros, concessionárias de veículos e empresas, que sujam a atmosfera com a venda de seus veículos e desmatam as florestas, etc., sejam eles quem for, cujos árduos trabalhos geram empregos, renda, divisas e impostos para o país pagar os salários e as aposentadorias dos funcionários dos seus bancos oficiais.

Por que não colocar toda essa empáfia a serviço do financiamento de estações de tratamento de esgotos e saneamento básico das cidades amazônicas e prover o desenvolvimento econômico e empresarial da região, que são as verdadeiras missões do Banco.

Só nos faltava, o Basa começar a financiar a concessão de esmolas de R$ 50,00 por mês para manter os caboclos ribeirinhos nas suas eternas misérias lá no meio da mata e bem longe dos milhares de favelas que infestam Belém e Manaus e dos olhos sensíveis e das mansões luxuosas de suas elites, ou mesmo, promover shows de artistas internacionais para manter a região norte cada vez mais pobre.

Vai ver, também são contra as emancipações dos novos Estados.

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