Trabalhei alguns anos no jornal Diário do Pará.
Não consigo me convencer de que este diário impresso insiste em copiar o pior de seu concorrente: a desinformação e o mal jornalismo. Quando o assunto em questão é a política, o Diário do Pará consegue o êxito de disputar cabeça com cabeça, com o moribundo concorrente.
Tenho uma coleção de textos publicados no mais visitados blog's do Pará e da Amazônia, que acabam, literalmente, com a reputação dos dois principais jornais paraenses. O que deploro e lamento, de fundo de minha alma.
Vejam abaixo a última presepada.
Pitaco baré
O Amazonas está mesmo disposto a meter a colher na polêmica sobre a divisão territorial do Pará. Na semana passada, o presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Juvenil, recebeu estranho convite da AL amazonense para audiência pública que vai debater projeto de lei, de autoria do deputado Sinésio Campos (PT), para realização de plebiscito, entre os amazonenses, sobre a criação do Estado do Tapajós, na região Oeste paraense. A audiência está marcada para o dia 10 de agosto, no plenário Ruy Araújo, da AL do Amazonas.
A pérola acima está publicada no Repórter Diário, a mais nobre Coluna do informativo, hoje.
De tão escandalosamente imbecil, vou resguardar os meus dois leitores, do arsenal de sinônimos.
Mais: O Diário, leia-se RBA, Rádio Clube. Vai saber quem é que controla esse grupo! Tem a melhor estrutura comercial e física do futuro Estado de Carajás. Há pelo menos três anos, colocou embaixo do chinelo o concorrente, que a cada segundo que passa, respira com dificuldade, num quadro de morte por inanição.
Portanto, seria estrategicamente inteligente, o grupo???? Sei lá quem o controla. Pelo menos ficar neutro, a gastar a cara tinta importada de seu impresso com notas desclassificadas como essa.
Em edições passadas, o jornal mais vendido da Amazônia, deu destaque para o suposto preconceito dos manauaras que, de acordo com o jornal Diário do Pará, chamam os paraenses de ladrão.
Tem! Senhores e senhoras. Tem de tudo!!
Tem! De tudo. Até desinformação e preconceito
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Imprensa Marron
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2 comentários:
Um plesbicito amazonense sobre uma questão paraense? credo.
Bravo!!! Bravíssimo, Val! É triste para o jornalismo, péssimo para o leitor desavisado. Nós, os avisados, estamos alertas para as idiotices vez por outra publicadas tanto num quanto naquele outro "tablóide" de Belém. Eu que vivo aqui na terrinha já estou com ojeriza de jornalismo de partido, coisa que o Diário faz melhor do qualquer um. Basta o apoio nojento de deslavado que dá a "Nhá Júlia Boca de Sarapapá"(raios! Ainda não saiu do palanque!) em troca de uma cópia da chave do cofre. Falta ética jornalística. Pergunta-se: que diferença há entre os dois "tablóides" e os irmãos Metralha?
Há muito que os jornais do Pará se transformaram em cabos leitorais parciais na notícia.
Quando eu quero ficar mais por dentro, acesso o Pelos Corredores do Planalto (contudo nem sempre comento) e compro o Jornal Pessoal, entre outros blogs e publicações sérias.
Nada contra um jornal defender uma posição que à primeira vista parece estar tomando juízo de valor sobre determinado assunto. Mas se toma, tem por obrigação fundamentar por que toma tal posição, justificar coerentemente a posição que assumiu, sob risco de tomar a cara do dono por logotipo e o caráter dele por assinatura. É pedante.
Tanto para um quanto para o outro jornal, há muito que os juízos de valor tomaram a dianteira dos juízos de fato. Se digo que o estado do Pará está passando por um processo de aprofundamento das discussões sobre sua divisão territorial, para dar surgimento a uma nova unidade federativa, tomo apenas um juízo de fato. Mas se em vez disso digo que tal divisão é necessária e vai ser boa, tomo juízo de valor para tentar influir na vontade de meu interlocutor, para que aceite minha posição. Manipulação de alvedrio não é prática democrática. Chama-se a isso de argumentação política, o que afasta o bom jornalismo. Jornais deveriam ter argumentação como ferramenta para explicar uma notícia, provar um fato; jamais tentar convencer o leitor de que o fato é ruim ou bom sem que tal proposição esteja favoravelmente reconhecida pela sociedade.
Agora, no meu juízo de valor, em relação à divisão do Pará, ainda não me convenceram, apesar de eu achar que é um processo irreversível, acontecerá com o tempo. Acalme-se.
Um abraço
Ah, ia me esquecendo do povo: a misericórdia não me é mais afeita.
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