Os vendilhões de nossa consciência: O prazer, poder e dinheiro
Por Val-André Mutran
Brasília - Hoje, a Força Nacional de Segurança Pública iniciou suas operações no Entorno de Brasília. Área que abrange o próprio Distrito Federal, parte de Goiás e de Minas Gerais.
A notícia é nacional, afinal trata-se de uma tentativa de mitigar o fracasso de prover Segurança Pública num torrão que detém a mais alta taxa per capita de toda a América Latina. A Capitral da República é uma grande área de violência sem controle há muito tempo.
No Rio de Janeiro, Estado conflagrado em Guerra Civil há anos, a mesma Força lá permanece.
Há relatos inaceitáveis de que parte da "Força", passa fome, dorme e tenta cumprir suas missões em condições humilhantes e... Pena ou rói o pão dormido que o "diabo amaçou", como queira.
O leitor por um acaso sabe como atua constitucionalmente a Força de Segurança Nacional?
É na teoria uma Tropa de Elite - tipo Bope, do contingente da Polícia Militar do Rio de Janeiro -, que tanto sucesso e polêmica tem causado com o filme: Tropa de Elite, do cineasta carioca José Padilha, denunciado essa semana pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por ter supostamente utilizado oficiais de verdade na produção do filme, o que, em Hollywood, é condição básica e os produtores sabem disso, para a realização de um BlockBuster (desde de que cumpridos os trâmites desburocratizados e prefeitamente legais impostos pela legislação local).
Aqui não. A garantia de sucesso de qualquer produção interessada na verdade é processada. No Brasil não: a pirataria barata e que é financiada pelos grupos organizados do crime não permitem esse luxo. O ingresso a R$ 10, 00, é um dos mais baratos do mundo em razão da valorização do real frente ao dólar americano, algo em torno de quase 100% nos últimos quatro anos! E isso tira dinheiro dos traficantes.
Na República das Bananas é proibido contar a versão do outro lado. Só vale a versão aceita pela classe média...ou suas ramificações inconfessáveis. Motor de uma das denúncias do Tropa de Elite: o vício da buguesia, querendo posar de boazinha! Nos poupem a todos de tanto cinismo.
Terra em Transe só pode sem transe! É a grita do establishment comandado por um ex-sindicalista apeado à condição por esvaziamento de seus combatentes pares: exilados pela ditadura a peso de porrada.
É a mais sem vergonha constatação do fracasso de nossas instituições, carcomidas pela corrupção, demandos, descaminhos e associação com o crime. O pior dos crimes: o roubo de nossa capacidade de dizem: Chega! Presidente. Eu quero é trabalhar!
Assim é no Pará de hoje: Insegurança e muita promessa.
Quer comprar ou manter uma fazenda? Não pode. Salvo seu banqueiro.
Quer produzir tecnologia de energia alternativa? Não pode. Salvo seja sócio da OPEP.
Queres ou pretendes monstar uma logística de transporte? Só se a Vale deixar?
Gente encapuzada entra na tua casa, na tua Chácara, Fazenda ou Sítio. A polícia, inclusive a Federal, e recebida a tiro e nada se faz.
Preservar a paciência com um Estado desse é contemporizar?
É esse o Pará sem peso e medida que você querem. Que o Brasil quer? Desperdício de dinheiro público a bancar elocubrações? Falta de planejamento e foco?
Letargia e revolta advindas de um Estado sem pulso ou capacidade de investimento?
Que fiquem com ele. É todo seu. Sou Carajás, mas, estou aberto para ouvir outras propostas. Estou jovem é já cansado de tanta plenária que marca outra plenária, para finalmente...marcar outra!!!
Cadê as propostas? O PAC? Que PAC? O virtual? O PAC do Pará...Piada sem graça.
A guerrilha rural já está estabelecida. A provocação e prejuízos são reais. Até, quem diria, a Polícia Federal tem recuado de algumas missões por pura falta de segurança à sua equipe.
Vivemos hoje no sul do Pará. Em Belém - exceto no Cristalville - a imundície, esculhambação, degeneração dos valores da família, turismo zero, infra-estrutura zero. Vive-se hoje no Estado: O Comando e Contrôle frágil como uma rabiola ao vento da subida da maré. Um Castelo de Cartas. Que mudança é essa?
Cadê a Força Nacional no Pará?
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
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