Armas, drogas, carros e motos roubados apreendidos

Os bandos eram divididos em células como nos melhores tempos da guerrilha do Araguaia, ocorrida na década de 70 na mesma região

Para os militares, os grupos criminosos estão agindo não só na área do complexo da Forkilha. Os policiais encontraram grande quantidade de objetos roubados que estão sendo avaliados para saber em qual situação de ilegalidade se enquadram. A operação vai continuar na região.

Fotos: Ag.Pará
Carlitão, acusado de pertencer ao grupo de comando

A cada instante chegavam mais posseiros para prestarem eslarecimento

Arsenal até agora apreendido surpreendeu até a Polícia


Esquemão – Como nos tempos da guerrilha do Araguaia que foi combatida pelo exército na década de 70, os suspeitos presos revelaram que agiam em células.

Na época da guerrilha essas células eram chamadas de destacamentos e abrangiam grandes áreas sob a responsabilidade de reduzido número de combatentes sob comando de um comandante.

As investigações prosseguem no sul do Pará. A Polícia já sabe após a tomada de depoimentos dos supostos líderes dos bandidos que o esquema era muito maior e com um alcance em toda a região.

O plantio de drogas (maconha) já estava sendo planejado. As fazendas invadidas serviriam como esconderijos ideais para ocultação de armas e munição, motos e carros roubados, assim como, diversos produtos de furtos como moto-serras, implementos agrícolas, ferramental, baldes com pesticidas e defensivos agrícolas com elevados preços na lojas credenciadas, vacinas, tambores, e bolas de arame liso. Tudo era lucro para as quadrilhas, inclusive o gado abatido que era comercializado em açougues clandestinos nas periferias das cidades e vilas.


Mas, segundo os levantamentos iniciais, o que mais rendia dinheiro aos líderes dos bandidos eram os assaltos a banco, ônibus e carros particulares que inadvertidamente passavam na rota das barricadas montadas na beira das estradas sulparaenses.

Outra grande fonte de renda da quadrilha era o recrutamento das famílias para ocuparem os lotes nas fazendas invadidas. Era cobrado R$ 10,00 por pessoa/mês – uma espécie de mensalidade em forma de cadastramento. Outros R$ 50,00 eram cobrados para cada lote de 10 hectares e esse valor era proporcocional ao tamanho de cada lote que o "cliente " podia pagar. "Essa estratégia rendeu o capital inicial para as operações dos grupos que foram divididos em células em toda a região", disse uma fonte ao blog.



























O temor dos proprietários é que tão logo a operação seja concluída, a onda de invasões volte a acontecer. "A Polícia prende e a Justiça solta. Será que com todos esses flagrantes a justiça vai soltar esse pessoal?", pergunta uma das vítimas do grupo preso.

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